Elizabeth Mendes
Entrevistas

Elizabeth Mendes

Revista Amar - elizabeth mendes
Créditos: Dana Castro

 

“Enquanto não houver igualdades, há sempre uma razão para lutar. Por exemplo eu tenho uma filha e eu não quero que ela, quando for crescida ou da minha idade, não tenha o mesmo salário como o de um homem da mesma idade ou com a mesma experiência profissional.”

 

 

Elizabeth Mendes nasceu dia no 19 de setembro de 1985 em Toronto. Filha de emigrantes portugueses, formou-se em Ciências Políticas pela Universidade de Toronto. É casada com Jeremy Arruda, sócio na E&Y, e mãe de Emma de 3 anos e meio. Cresceu no seio da comunidade portuguesa, estando muito envolvida nas atividades do PCCM, onde nasceu o seu interesse pela política enquanto Miss do PCCM em 2002.

Testemunhou, em primeira mão, as dificuldades que os pais enfrentaram durante a sua infância, factos que despertaram uma profunda preocupação com o futuro das gerações futuras.

O desempenho de Elizabeth tem contribuído para o melhoramento de escolas e na proteção da margem na Mississauga-Lakeshore, garantiu com sucesso investimentos para expansão hospitalar local e tem sido uma campeã para melhorar o trânsito.

Como empresária, também apoia as empresas locais através de consultoria.

A luso-canadiana, orgulhosa das suas raízes, sente-se honrada por ser a secretária corporativa da Magellan Community Charities, uma instituição de cuidados prolongados sem fins lucrativos e complexo habitacional acessível, para prestar serviços e cuidados seguros, dignos e compassivos aos idosos mais vulneráveis.
Feminista, considera que “enquanto não houver igualdades, há sempre uma razão para lutar” e “gostaria de ver muitas mais mulheres em posições de liderança no Top 50 das melhores empresas” e tem como ícones políticos Margaret Campbell, Stacey Abrams e Barack Obama.

Elizabeth candidatou-se pelo Partido Liberal a deputada provincial pelo bairro Mississauga-Lakeshore, que a viu a crescer. É com base na experiência profissional que adquiriu enquanto trabalhou no Ministério do Trabalho, no Ministério da Cidadania e Imigração e no Ministério das Finanças, onde desempenhou um papel fundamental como Diretora de Política, que pretende fazer o seu melhor pelo seu bairro e “espero ser uma deputada acessível, paciente e amável”.

Revista Amar: Para quem ainda não conhece a Elizabeth, conte-nos um pouco sobre si.
Elizabeth Mendes: Eu nasci em Toronto, no dia 19 de setembro de 1985. Sou formada em Ciências Políticas pela Universidade de Toronto e candidata pelo Partido Liberal a deputada provincial pelo bairro Mississauga-Lakeshore. Sou filha de emigrantes portugueses. Os meus pais são da mesma aldeia, Urros, que fica no concelho de Torre de Moncorvo, distrito de Bragança em Trás-os-Montes. A minha mãe veio com 6 anos com os meus avós e o meu pai veio com 23 anos para casar com a minha mãe. Eles tinham-se conhecido em Portugal nas férias de verão e começaram a namorar por carta. Acabou por vir cá e também gostou do país e quando casaram decidiram ficar aqui. Tenho uma irmã 5 anos mais nova e que trabalha na Globe and Mail.

RA: É casada e tem filhos?
EM: Sim, casei em 2012. O meu marido, Jeremy Arruda é filho de um emigrante português e uma canadiana. Conhecemo-nos no meu primeiro ano na universidade quando ele fazia parte do Concelho de Estudantes. Hoje é contabilista e sócio na E&Y (Ernest & Young). E temos uma filha de 3 anos e meio, a Emma.

Revista Amar - elizabeth mendes
Créditos © Cassandra Almeida Photography
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Créditos © Cassandra Almeida Photography

 

RA: Então cresceu com as tradições transmontanas…
EM: Sim, inclusive enquanto os meus pais viveram em Toronto fizeram parte do clube transmontano e adoravam. Eles iam aos bailes… a vida social deles era lá. Só nos mudámos para aqui, Mississauga, quando eu tinha 5 anos e foi quando o meu pai se começou a envolver mais na comunidade daqui e a frequentar o PCCM (Centro Cultural Português de Mississauga). Eu não sei se são tradições transmontanas, mas a minha avó ainda faz o folar e a bola da Páscoa, contudo eu quando ia a Portugal de férias eu dizia aos meus primos e às minhas primas que era mais portuguesa do que eles porque eu aqui dançava no rancho, ouvia música portuguesa e ia para os bailes enquanto que eles lá não faziam nada disso. (riso)

RA: Quer dizer que a sua infância e adolescência passou pelo PCCM?
EM: Passei e era quase todos os dias e adorava. Eu andava lá na escola portuguesa, 3 vezes por semana e havia outras atividades durante a semana, como o Karaté. Aos sábados ia aos bailes e nos domingos também ia com os meus pais porque havia a reunião dos diretores. Eu cresci no PCCM! As minhas amigas de infância são de lá, do rancho e do grupo da juventude.

RA: E hoje mantem essa ligação ao PCCM e à comunidade? Ou houve um afastamento devido ao crescimento profissional?
EM: Eu acho que é próprio da vida que haja um certo afastamento, porque ao longo dos anos vão acontecendo e aparecendo situações e oportunidades… por exemplo, comecei a trabalhar para o Charles Sousa ao fim do dia e aos fins de semana e assim comecei a minha carreira profissional e nessa ocasião não podia estar tão envolvida com o clube, mas eu nunca sai… tenho lá ido pelo menos 2 vezes por ano. A minha filha chegou a fazer de “menino Jesus” na Festa de Natal… 30 anos depois de eu ter sido!

 

Revista Amar - elizabeth mendes
Créditos: Direitos Reservados
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Créditos: Direitos Reservados

 

RA: E em 2002 foi coroada Miss PCCM. Concorreu com algum objetivo em concreto?
EM: Não, mas eu sempre soube que ia concorrer um dia porque cresci a ver as minhas primas e amigas mais velhas a concorrer. Eu fazia parte do clube, claro que ia concorrer. Sabe, quando me perguntam quando é que comecei a interessar-me por política a resposta é que foi nesse ano, porque como Miss PCCM eu representava o clube nas festas dos outros clubes, por exemplo lia os votos de Parabéns, e comecei a reparar que nas festas apareciam políticos, mas que para além do Mário Silva mais nenhum era luso-canadiano, ou seja, havia um homem, mas não havia nenhuma mulher luso-canadiana na política naquela altura e não havia quem falasse em português. Os políticos iam aos nossos clubes e falavam connosco, mas em inglês e eu não percebia o porquê de não haver mais políticos luso-canadianos. E foi assim que me comecei a interessar pela Política e uns anos mais tarde quando o Charles Sousa se candidatou pela nossa área e como o meu pai era amigo dele e estava envolvido na campanha, eu acabei por me envolver também.

RA: Quer então dizer que quando escolheu Ciências Políticas na Universidade de Toronto, já tinha em mente seguir uma carreira política?
EM: Não sei se era essa a ideia, mas eu sabia que queria trabalhar no governo. Eu sabia que o governo precisava de mais mulheres e de mais pessoas das comunidades étnicas e, também sabia que eu queria saber como é que funciona o Governo e como que eu poderia fazer a diferença. Eu entrei em Ciências Políticas porque naquela altura não existiam outros cursos sobre o Governo como há agora… só havia Ciências Políticas. Quando entrei no curso cheguei a pensar em ir viver para o outro lado do mundo, tipo na Europa e trabalhar com a Comissão Europeia ou com a UN (Nações Unidas). (risos)

RA: Quem é que deu aquele empurrãozinho para se candidatar para as próximas eleições?
EM: Foi o meu marido (riso). O Charles Sousa decidiu não se candidatar e disse que eu deveria aproveitar a oportunidade uma vez que conhecia e sou do bairro e o meu marido concordou. Eu apresentei a minha candidatura pelo meu bairro ao partido e estava com toda a intenção de concorrer contra os outros candidatos liberais, mas não apareceu mais nenhuma candidatura.

 

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Créditos: Direitos Reservados

 

RA: O que é que para si ficou “claro” durante o tempo que trabalhou para o Charles Sousa?
EM: Desde do início que ficou bem claro, para mim, que queria estar envolvida na comunidade! Eu vi a importância de eu estar envolvida na comunidade local. O primeiro assunto em que trabalhámos, quando comecei, foi a construção dos Power Plans a sul de Mississauga e vi a comunidade muito empenhada em parar aquela construção e percebi que a comunidade unida e com uma só voz pode mudar muita coisa. Depois também constatei que das outras comunidades étnicas a trabalhar no Governo, a portuguesa era a que tinha menos representatividade… quando cheguei ao Queens Park, eu era uma das 5 pessoas portuguesas que trabalhava lá nos partidos políticos, enquanto que as outras etnias, como a indiana e chinesa tinham associações com 20 a 30 pessoas e a nossa tinha 3, 4 às vezes 5 pessoas. Eu percebi que nós não éramos e nem tínhamos o “poder” político que poderíamos ter. Então quando deixei de trabalhar com o Charles, eu queria continuar a estar envolvida na comunidade, porque senão não podemos fazer mudanças.

RA: Como descreve o seu bairro? É muito diversificado?
EM: É e a maioria dos residentes é canadiano. Já cá viveram muitos portugueses, em particular quando o Charles se candidatou pela primeira vez. É nesta zona que se encontra a primeira igreja portuguesa de Mississauga, Santíssimo Salvador do Mundo. A maioria dos moradores luso-canadianos que tinham casa à volta da igreja já não moram lá… ou porque foram viver com os filhos ou se mudaram para outra área, como mais para o norte de Mississauga. Mais ainda temos alguns luso-canadianos, em geral Mississauga tem muitos portugueses.

RA: Já há data para as eleições de 2022?
EM: Já. É no dia 2 de junho.

RA: Quando é que começa a campanha?
EM: Por causa do Covid-19 ainda não tenho uma data. Gostava de começar a bater às portas já no verão, mas talvez seja difícil. Contudo daqui a uma semana já vamos iniciar com os telefonemas ao eleitorado do meu bairro e se tudo correr bem vamos bater às portas em outubro ou novembro antes do frio chegar e depois retomamos na primavera.

RA: O que é que ainda lhe falta para arrancar com a campanha?
EM: Para já estou a criar a equipa eleitoral para depois começar e também assim que for possível e seguro – por causa da pandemia – vamos precisar de muitos voluntários para bater às portas, fazer telefonemas, pôr os cartazes na casa dos residentes e claro de qualquer apoio. A certa altura também vou precisar de donativos e vamos angariar fundos para a campanha. Isto tudo vai acontecer, mas como só fui nomeada há 3 semanas ainda está tudo no início.

RA: E já tem o seu programa eleitoral alinhavado ou, quem sabe, até pronto?
EM: Acho que estamos todos ainda a trabalhar nos programas… estamos a viver tempos atípicos, o mundo está diferente e a pandemia mudou tudo e com isso os objetivos têm que se mudar e adaptar consoante o dia a dia.

RA: Que tipo de deputada quer ser?
EM: Quero ser eu… uma pessoa acessível. Não quero mudar! Gosto de falar com as pessoas e de ouvir o que me têm para dizer, as suas opiniões. Claro que não vamos concordar sempre ou partilhar as mesmas opiniões, mas isso não importa… se não concordam comigo, digam-me o que pensam e partilhem comigo o vosso ponto de vista. Espero ser uma deputada acessível, paciente e amável.

RA: O que aprendeu com o Charles Sousa?
EM: Eu aprendi que se tem que ouvir… mas ouvir com tempo; falar com as pessoas e aceitar as ideias e, claro, lutar pela comunidade. O Charles fez isso muito bem e eu sempre o respeitei por isso, que foi que enquanto esteve no governo ele estava sempre a lutar… ele sempre lutou pela comunidade dele, inclusive chegou a lutar contra o partido dele por causa da comunidade. Se o governo tinha um programa ou uma política que os residentes do nosso bairro não concordavam, ele lutava a favor da comunidade. Ele sempre defendeu e lutou pelas ideias da comunidade dele e eu quero ser assim, quero compreender o que a minha comunidade quer e ser a voz dela e lutar por ela. Também aprendi que devemos sempre responder às pessoas quando falam contigo ou fazem perguntas, seja por telefone ou por email, porque muitas pessoas ficam frustradas com os governantes quando não recebem uma resposta, devemos responder nem que seja para dizer que estamos a ver o que se pode fazer ou até que não se pode fazer nada por enquanto, ou seja, responder sempre sejam as respostas boas ou más. Eu tive a oportunidade de trabalhar em diferentes posições no Governo, comecei no Ministério do Trabalho, passei pelo Ministério do Cidadania e Imigração e depois no Ministério das Finanças e o que eu aprendi muito bem é como o Governo toma decisões, começa um programa e faz leis do princípio ao fim e é muito importante saber o que se está a passar, caso contrário não podemos falar e também devemos chegar à comunidade e dar-lhes conhecimento do que está acontecer, no Governo, como por exemplo sobre leis que estejam a ser feitos ou programas que estejam a ser aumentados ou até cancelados, porque é melhor eles saberem antes do que depois das coisas terem acontecido, quando já não há nada a fazer para mudar o que quer que seja. Na maioria das vezes enquanto o Governo começa a trabalhar em algum assunto, a maioria das pessoas não sabe e só dão conta quando é anunciado que houve mudanças. O que o Charles tentou fazer, e eu aprendi com ele, é que assim que se sabe de alguma coisa, informar a comunidade e perguntar a opinião dos residentes.

RA: Se tivesse que escolher uma mulher e um homem como “exemplos a seguir”, quem seriam?
EM: Hmm… essa é difícil… boa pergunta. Eu penso que vou começar pelo o homem e vou falar na política americana que está muito atual e escolho o Barack Obama porque ele entrou na política num país com uma situação muito difícil, ele teve a coragem de falar de uma América que muitos queriam ver e que se tornasse, enquanto esteve na presidência ele implementou coisas lá que nós aqui já tínhamos de graça entre muitas outras coisas e ele é um dos meus ícones políticos. Mulher… há muitas mulheres cujo nome me vem à cabeça, mas como estamos a falar na política… aqui no Ontário temos a Margaret Campbell, que foi a primeira mulher – deputada – da província do Ontário e na política americana e li o livro dela há pouco tempo, a Stacey Abrams e recomendo que todos os portugueses e luso-canadianos leiam o livro dela. Ao ler o livro dela vi tantas semelhanças entre as nossas comunidades… ela passou anos a lutar na comunidade dela para que votassem. Sempre que leio o livro eu faço notas do que ela fez para mudar a mentalidade dos residentes, como explicar o porquê de eles terem de votar e o que é o “poder” de votar. Uma das coisas que me deixa incomodada desde que estou na política é o facto dos luso-canadianos não votarem e de não o quererem fazer. No caso da América acontecia isso, muitas pessoas não se queriam registar para votar e nós aqui não precisamos nem de nos registar para votar, nós somos registados assim que somos canadianos. E muitos jovens, filhos de pais que não tiveram a oportunidade de votar, não vão votar e nem querem saber de política ou dos políticos o que é injusto para com a comunidade luso-canadiana. Há outras comunidades étnicas que já entenderam o “poder do voto” e já são uma “voz” quando exercem o voto. E havia muitas mais mulheres que poderia nomear.

 

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Créditos © Cassandra Almeida Photography
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RA: No dia 8 de março celebrou-se o Dia Internacional da Mulher. E sei que defende os direitos das mulheres, com base no princípio da igualdade de direitos e de oportunidades entre os sexos. Considera-se feminista?
EM: Sim e acho que nós, mulheres, deveríamos ser feministas. Enquanto não houver igualdades, há sempre uma razão para lutar. Por exemplo eu tenho uma filha e eu não quero que ela, quando for crescida ou da minha idade, não tenha o mesmo salário como o de um homem da mesma idade ou com a mesma experiência profissional. Enquanto estive no Queens Park tentei ver como haveríamos de puxar ainda mais pelos direitos das mulheres… acho que já fizemos muito, mas ainda há muito mais por fazer! E o que me está a dar mais estresse neste período de pandemia, é que conheço muitas mulheres, amigas minhas, que pararam o trabalho delas durante este tempo. Eu e o marido estivemos a trabalhar de casa e como tinha estado em licença de maternidade antes, a Emma só queria a mim e vinha ter comigo para tudo enquanto eu estava a trabalhar e por isso sei que não é fácil e muitas que estavam na minha situação tiveram que parar de trabalhar. Agora, aquelas mulheres que querem voltar a trabalhar têm que ter a confiança no sistema – nas creches, infantários ou escolas – que podem ter lá as crianças enquanto estão a trabalhar.

RA: Depreendo que este então que este será um dos muitos objetivos do programa eleitoral?
EM: Completamente! Há muitas coisas à volta da vida de uma mulher/mãe que não são reconhecidas e que não são prioridades e eu vi isso por mim e muitas concordam comigo. Os primeiros 4 a 5 meses de vida de um bebé são os mais difíceis para uma mulher que foi mãe e os bebés não trazem consigo um manual de instruções quando saímos da maternidade e muitos dos serviços de apoio à mãe têm que ser pagos. Eu, por exemplo, procurei uma consultora de aleitamento materno, uma doula e outros recursos que não são pagos, mas que ajudam e apoiam a mãe durante aquele período inicial e ajuda na saúde mental da mãe depois do nascimento e depois durante o seu crescimento. Nós precisamos de mais mulheres e até de mulheres jovens que falem das experiências que estão a viver atualmente, porque é a vida delas.

RA: A nível partidário, que mudanças poderão ser feitas? Ou será difícil haver mudanças por causa dos homens?
EM: Dentro do meu partido já se fala que nas próximas eleições querem que 50% das candidaturas sejam de mulheres. Mas não é só escolherem mulheres, vai ter que se analisar onde é que essas candidatas têm hipóteses de ganhar um acento, porque se a candidata estiver numa área onde os residentes tradicionalmente votam em homens, a representação não é justa. Acho que mudanças são sempre difíceis, qualquer seja ela e mesmo que haja alguém que diga que apoia o feminismo e querem lutar contra as desigualdades, as palavras têm que passar às ações… não é só falar. Têm que mostrar com ações que estão contra as desigualdades e espero que mais homens o façam e sei que há mulheres nas equipas deles que vão puxar por eles.

RA: E o que é que esse dia representa para si?
EM: Para mim é um dia em que podemos refletir sobre como o mundo já mudou em relação aos direitos das mulheres, o que já alcançámos e o que ainda falta alcançar. O que disse anteriormente sobre a mulher na política aplica-se em todas as áreas profissionais, então temos que ver onde e como podemos fazer mais. É um dia de reflexão para vermos como vamos continuar a lutar por uma sociedade que tenha igualdade de oportunidades, salarial, crescimento profissional. Eu gostaria de ver muitas mais mulheres em posições de liderança no Top 50 das melhores empresas, posições como CEO, CFO ou executivas. Para já temos que fazer duas coisas: ver o que já alcançámos e o que ainda falta alcançar.

RA: Também está ennvolvida na Magellan Community Charities. Pode revelar em que ponto está o centro ou se vai haver novidades…
EM: Era para ter havido um grande comunicado no ano passado, mas a pandemia atrasou tudo… se tudo correr bem, talvez possamos dar novidades até maio.

RA: Gostava de a convidar a deixar uma mensagem aos nossos leitores.
EM: Queria agradecer esta oportunidade de poder falar para todos vós e gostava de vos conhecer em pessoa. Podem contactar-me através do meu website, www.elizabethmendes.ca e não importa se são do meu bairro ou não. Se têm algum assunto sobre o Governo ou outro qualquer que gostariam de falar comigo, por favor disponham. Quero aproveitar para vos pedir para se envolverem mais nas vossas comunidades e se já estão envolvidos com a comunidade portuguesa, então envolvam-se na canadiana também… e votem! Eu sei pelos meus pais que temos que aproveitar esta oportunidade e é um direito nosso e uma honra podermos exercer esse direito. Tenho vindo a dizer que se todos os portugueses e luso-canadianos da comunidade portuguesa incentivarem os seus filhos e netos a se envolverem na comunidade, tomar posições de liderança e para não terem medo, vão ver que há muitas coisas que podem ser feitas. Temos que tomar decisões, até as que às vezes parecem assustadoras, mas que têm que ser tomadas na mesma para mostrarmos que também conseguimos.

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