História da garrafa: no princípio eram as lágrimas
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História da garrafa: no princípio eram as lágrimas

Vinho, perfumes e memórias foram os primeiros “conteúdos” a ser armazenados em garrafas. Já lá vão 3 500 anos.

Hoje será difícil não pensar na garrafa como um recipiente para guardar líquidos, maioritariamente bebíveis. Mas não foi sempre assim. Há mais ou menos 3 500 anos, quando se pensa que ela terá surgido, algures no Antigo Egito, tinha outras serventias, bem mais inusitadas.

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Se as maiores – primeiramente de barro, a partir do século I a.C. de vidro – já serviam para guardar vinho, as mais pequenas respondiam a propósitos distintos, como o de guardar perfumes e, pasme-se, as lágrimas das pessoas mais chegadas. Sem surpresa, foi graças ao vinho que se eternizaram. Primeiro eram transportadas do Egito para Roma. Mais tarde, os gregos adaptaram a invenção, incluindo-lhe uma pequena asa para facilitar o transporte.
A maior revolução chegaria, no entanto, da Síria, por volta do ano 100 a.C. Foi lá que se começou a fabricar vidro com a técnica de sopro, o que escancarou as portas à popularidade da garrafa. Algures na Idade Média, o vidro ainda passou por uma fase de menor fulgor, começando a recorrer-se às garrafas de pele, que garantiam menor fragilidade no transporte.

Pelo meio, apareceram também as de madeira e as de metal. Mas, no século XVII, também graças à utilização das rolhas de cortiça, as garrafas de vidro voltaram em força. Nesta história, cabe ainda Michael Owens, o americano que em 1904 construiu uma máquina capaz de produzir garrafas de forma automática. Onde já iam as lágrimas…

Sofia Teixeira

NM

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