Ana Teresa Pereira
Autor Português

Ana Teresa Pereira

Ana Teresa Pereira nasceu em 1958 no Funchal, onde vive. Ainda estudante e guia intérprete, viu publicado em 1989 o seu primeiro livro, Matar a Imagem, com o qual ganhou o Prémio Caminho Policial. Em 1990 na coleção Campo da Palavra publicou o romance As Personagens. Estreou-se na literatura infantil com A Casa da Areia e A Casa dos Penhascos, dando assim início a uma nova coleção para jovens. Desde o seu primeiro livro tem vindo a publicar regularmente. A singularidade da sua temática e a concisão da sua escrita dão a Ana Teresa Pereira um lugar próprio na literatura portuguesa atual.

Revista Amar - Portugal - Ana Teresa Pereira

 

Tem colaboração nos jornais Público e Diário de Notícias (Funchal) e nas revistas Islenha e Margem 2.
Ao longo da sua carreira recebeu os seguintes prémios: Grande Prémio de Romance e Novela APE/DGLAB (2011), o Prémio Literário Edmundo Bettencourt (2006; 2010), o Prémio Máxima de Literatura (2007), o Prémio PEN Clube Português de Narrativa (2005); o Prémio Caminho de Literatura Policial (1989); o Prémio Revelação de Ficção APE/DGLB (1989) e o Prémio Oceanos de Literatura Portuguesa (2017).

 

Obra Literária

“Os Perseguidores” de Ana Teresa Pereira

 

Sinopse

Revista Amar - Portugal - Ana Teresa Pereira - os perseguidores«Para mim, era só mais um homem a destacar-se do fundo prateado. Aceitei o bilhete azul e rasguei-o em dois. Não olhei para o rosto dele; nunca olho para os rostos deles. Fato cinzento, camisa cinzenta. Camisa limpa. Foi o meu corpo que o sentiu primeiro. A mão na cintura, a mão que segurava a minha, eram firmes mas não insistentes. Sentia o cheiro dele, uma água-de-colónia fresca e cigarros. Alguns meses antes, gastara o ordenado de uma semana na compra de um pequeno frasco de perfume: jasmim-branco. Não era o meu género; gosto do aroma de pétalas, de flores de cerejeira.

Mas queria um perfume intenso, para me proteger do cheiro deles. Não deu resultado. Por algum motivo, o meu corpo aceitava as mãos dele, o hálito dele, e os meus mamilos estavam duros. Talvez nem se notasse através do vestido de noite preto, mas detestei a ideia.»

Informação: WOOK

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