Dulce Maria Cardoso
Dulce Maria Cardoso nasceu em Fonte Longa, Carrazeda de Ansiães, Trás-os-Montes, em 1964, quando o seu pai vivia em Angola. Aos seis meses de idade foi para Luanda, de onde regressou depois da descolonização e com o início da guerra civil em Angola.
Aos 14 anos decidiu que queria escrever e fez um curso de Verão de datilografia em Cascais. Formou-se em Direito e foi advogada.
Publicou os romances Eliete (2018), O Retorno (2011, Prémio Especial da Crítica; Livro do Ano dos jornais Público e Expresso), O Chão dos Pardais (2009, Prémio PEN Clube Português e Prémio Ciranda), Os Meus Sentimentos (2005, Prémio da União Europeia para a Literatura) e Campo de Sangue (2001, Prémio Acontece).
Os seus livros estão traduzidos em várias línguas e publicados em mais de duas dezenas de países. A tradução inglesa de O Retorno recebeu, em 2016, o English PEN Translates Award. A antologia Tudo São Histórias de Amor (2013) reúne grande parte dos contos publicados em revistas e jornais. Alguns destes textos integram antologias estrangeiras, e o conto «Anjos por dentro» foi escolhido para a antologia Best European Fiction 2012, publicado pela prestigiada Dalkey Archive Press. Publicou ainda o livro Rosas (2017) e as histórias infantojuvenis de Lôá, a menina-Deus (2014).
A obra de Dulce Maria Cardoso é estudada em universidades de vários países e tem sido objeto de adaptações para cinema e teatro. Em 2012, recebeu do Estado francês a condecoração de Cavaleira da Ordem das Artes e Letras.
Atualmente, é cronista da revista Visão e participa no “Original é a Cultura” da SIC.
Obra Literária
“Eliete” de Dulce Maria Cardoso
Sinopse
Eliete é um romance construído em torno da protagonista homónima, e é o seu mundo que Dulce Maria Cardoso apresenta agora aos leitores. Estar a meio da vida é como estar a meio de uma ponte suspensa, qualquer brisa a balança. A vida da Eliete vai a meio e, como se isso não bastasse, aproxima-se um vendaval.
Mas este é ainda o tempo que será recordado como sendo já terrivelmente estranho, apesar de ninguém dar conta disso. Porque tudo parece normal. Deus está ausente ou em trabalhos clandestinos. De tempos a tempos, a Pátria acorda em erupções festivas, mas lá se vai diluindo. E a Família?
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