Cláudia Clemente
Língua PortuguesaLiteratura

Cláudia Clemente

Cláudia Clemente (Porto, 22 de julho de 1970) é uma escritora, artista e realizadora portuguesa. Estudou arquitetura e licenciou-se na FAUP em 1995, na sua cidade natal; estudou cinema em Lisboa e em Barcelona. Publicou o seu primeiro livro de contos, O Caderno Negro em 2003, na editora Tinta Permanente.
Concluiu o curso de Escrita de Argumentos para Longas-metragens da Gulbenkian, com a London Film School, em 2006 e o curso de cinema na Restart, em 2007.

Foi responsável pelos argumentos, storyboards, realização, direção de arte, montagem e (na maioria dos casos) produção da maioria dos seus próprios filmes. Estes já foram exibidos em Portugal, no Brasil, no Uruguai, na Índia, em Cuba e em Itália, tendo sido premiados em diversos festivais.

Em novembro de 2010, editou A Fábrica da Noite, o seu segundo livro de contos e em 2011 entrou na lista da Revista Lux de Personalidades Femininas que se destacaram no ano de 2011 em 13 áreas diversas. Ganhou o “Grande Prémio de Teatro 2011” atribuído por SPAutores/Teatro Aberto, com a obra Londres, sobre uma família que parte para Londres à procura de uma saída. O premiado monólogo Londres, estreou-se no Teatro Aberto a 5 de julho de 2012, com encenação de João Lourenço, e com Carla Maciel na interpretação.

Em setembro de 2014, editou “A Casa Azul”, o seu primeiro romance. Este livro foi finalista do Prémio Literário Correntes d’Escritas 2016 e do prémio Livro do Ano da Time Out. Foi adaptado a telefilme para a RTP pela própria autora.

Em 2018, edita “A Preto e Branco”, um livro de pequenos contos ilustrados e ilustrando a vida a preto & branco. Projeto em que se cruzam as palavras de Cláudia Clemente e as imagens de vários artistas dos mais diversos quadrantes.

Cláudia Clemente, cujos anteriores livros de contos foram louvados pela crítica como uma pedrada no charco da literatura portuguesa, regressa com um livro de contos carregado de imagens fortes e momentos cruciais em dias triviais. Cada artista ilustrou um dos contos dando imagem à imagem, marcando a preto o universo branco.

Fontes: Wikipedia, FNAC, Wook

Obra Literária

Sinopse
Um condomínio, no Porto, que deveria guardar nas suas raízes a memória de uma casa e os fantasmas dos habitantes e das grandes árvores que daí foram arrancados.
Uma mulher que se foi tornando um fantasma de si mesma desde que as últimas árvores desse jardim tombaram. Duas irmãs gémeas que não sabem da existência uma da outra: uma parisiense, outra portuense. Um português, dono de um cinema de bairro em Paris, amigo de Laura, que vê o seu cinema arder e vai parar ao hospital, gravemente queimado. Um agente da PIDE que segue, nos anos 60, os movimentos dos habitantes e frequentadores da Casa Azul, produzindo relatórios sobre eles para as chefias. Um dossier que escapa às chamas e uma herança de cartas nunca lidas. A mãe da irmã que vive em Portugal, Rita, internada num lar, após uma tentativa de suicídio: uma tristeza profunda desde que teve de vender a casa de família, no Porto – a Casa Azul – e o seu magnífico jardim. Uma história de amor e paixão que não pode morrer, porque nasceu em Paris, no único mês de maio em que tudo foi possível. Quatro personagens que precisam de encontrar-se para formarem um universo com sentido.

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