Acreditar em si mesmo
Psicologia

Acreditar em si mesmo

Das várias dificuldades em relação ao desenvolvimento pessoal e profissional, a mais ferrenha delas é a falta de confiança em si próprio. O ser humano prefere crer em boatos, possibilidades, fantasias, no vizinho, no chefe. Enfim, em qualquer coisa, situação ou pessoa, menos em si mesmo. A sua crença em tal propósito é tão forte que lhe imprime mentalmente a triste sina mediante as chances oferecidas pela vida, restando-lhe alegar: Comigo nada dá certo! Antes mesmo de caminhar em direção ao empreendimento, a desistência surge altiva, empunhando a bandeira do fracasso por antecipação e faz tudo parar, diminuindo a vontade com o passar do tempo, além de turvar a impressão acerca do potencial e do crescimento encontrados indistintamente em toda gente.

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Intimidado pela incapacidade de observar-se e perceber o gigante adormecido, o homem se afunda nas areias da repetição e apenas reproduz o que a sociedade sutilmente lhe ordena fazê-lo, resultando tal processo em agir mecânica e limitadamente. Ele foge ao seu futuro promissor e em seu lugar acomoda-se no presente sem esperança. Insista em você. Nunca imite. São idéias do pensador norte-americano Ralph Waldo Emerson, do século XIX. Logo, por que é tão difícil acreditar em si? O que leva a maioria das pessoas a se menosprezar ao invés de se avaliar com honestidade? Seja qual for o resultado de uma auto-apreciação, ele sempre servirá de ponto de partida para qualquer jornada que se queira realizar. Sem ele comprometemos o planejamento e a consequente execução. O que falta para alcançar tal objetivo?

É possível ponderar sobre a questão considerando-se alguns fatores psíquicos relevantes, tais como o medo de arriscar, haja vista o modelo de educação recebido desde a infância dizer respeito, via de regra, a manter-se medíocre diante dos factos da vida. (Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar.) Outro ponto é a pequena consciência sobre as próprias potencialidades disponíveis, obscurecendo a perspetiva do horizonte a ser conquistado. Porém, enxergar à frente não garante que se tenha a visão clara de objetivos. Tê-los é uma outra condição. Com metas definidas é possível encher-se de motivação para fazer o que deve ser feito. Além disso, outro item é a persistência, pois sem ela é impossível manter-se na rota escolhida e, portanto, é possível perder todo o trabalha empreendido. Decorre que, derrotar o vírus do imediatismo não é somente se recusar a aceitar tal modismo contemporâneo, é, sobretudo, manter-se firme na crença de que você é capaz de vencer se lutar com ferramentas adequadas. Crença em si mesmo é a mais poderosa delas. Você é o que acredita ser.

Olhe para a sua vida neste momento e responda se acaso não foi exatamente você que se colocou neste lugar. Para tanto considere se há bem-estar ou não na condição atual. Somente você define em que ponto quer chegar e nele se manter, ninguém mais poderá determinar questão tão importante. Seja sincero e supere o auto-engano aos poucos. (Nós podemos ser o maior inimigo de nós mesmos.)

Acredite pelo menos que é possível ser mais do que é por hora, nem que você não queira sê-lo. É um direito singular. No entanto, não lance culpa sobre qualquer ponto sem antes avaliar a sua participação. E, caso se depare consigo mesmo em tal investigação, decida-se a fazer alguma coisa que esteja além do habitual se quiser mudar. Crer em si mesmo é resultado de inquietação, luta, conhecimento, autoconfiança, tentativa, persistência e crescimento.

Armando Correa de Siqueira Neto
Psicólogo e Mestre em Liderança

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