A abordagem da medicina tradicional chinesa à Gastroenterologia
Saúde Alternativa

A abordagem da medicina tradicional chinesa à Gastroenterologia

O estômago é a parte mais ampla e elástica do canal alimentar. Quando está vazio, cabe numa mão fechada. Contudo, o seu volume após as refeições, aumenta mais de 20 vezes.

O estômago encontra-se revestido internamente por uma membrana, que produz suco gástrico.

O suco gástrico é formado por ácido clorídrico e enzimas (pepsina), que se encarregam de iniciar a digestão dos alimentos. Contudo, a parede do estômago tem várias camadas de células, protegidas por um revestimento de muco e uma mucosa. O muco gástrico, é um mecanismo fisiológico defensivo que protege as paredes do referido suco gástrico. Em condições normais, o estômago consegue o equilíbrio entre o suco e o muco-gástrico, mas se houver um desequilíbrio a favor da produção de suco-gástrico, este produzirá erosão no estômago, a qual se pode tornar bastante grave.

O estômago na Medicina Chinesa, em conjunto com o baço são conhecidos como a “Raíz do Qi Pós-celestial”, dado serem a origem de toda a energia e sangue produzidos após o nascimento.

“O estômago é o mar da água e dos grãos, sendo a fonte principal de nutrição dos 6 órgãos Yang. Os cinco sabores penetram na boca para serem armazenados no estômago para nutrir os 5 órgãos Yin…” O estômago recebe o alimento, daí ser chamado de “Grande Celeiro”. Tem um papel importante no que respeita ao apetite, dado que transforma os alimentos e os líquidos ingeridos e, em conjunto com o baço, promove a boa digestão. Se o Qi do estômago e do baço forem bons, todos os outros órgãos e vísceras funcionarão bem, caso contrário a pessoa sentir-se-á cansada, com fraqueza nos membros, com náuseas, distensão abdominal, entre outras…

A abordagem da medicina tradicional chinesa à Gastroenterologia
A abordagem da medicina tradicional chinesa à Gastroenterologia

O estômago pertence à terra, segundo a lei dos 5 movimentos

O estômago e o baço são o eixo do corpo, formam a energia central do organismo. Segundo o aspeto mental, estão relacionados com a reflexão e a preocupação.
Doenças do estômago: gastrite, úlceras, helicobacter pylori.
Estas 3 afeções estão inter-relacionadas e são a causa de grandes perturbações da vida quotidiana, gerando dor, inflamação e, consequentemente, uma menor qualidade de vida.

Gastrite

É a inflamação da mucosa do estômago. A gastrite aguda pode ser originada por substâncias químicas (aspirina e anti-inflamatórios), álcool ou pela bactéria helicobacter pylori. Nalguns casos, pode ocorrer também devido a stress físico e psíquico. A gastrite crónica surge quando há irritação prolongada do estômago causada pelo álcool e/ou tabaco, doenças auto-imunes, problemas com a bílis, anemia ou por degeneração da mucosa gástrica devido à idade.

Sintomas: dor epigástrica (constante) que ocorre cerca de 1h após as refeições, náuseas, vómitos, regurgitação ácida, pouco apetite…

Úlceras

Existem vários tipos: péptica, duodenal e gástrica. Originam-se devido à ulceração da membrana da mucosa do estômago. Causam dor epigástrica que se apresenta em crises, permanecendo por algumas semanas, em intervalos de meses. A dor ocorre de 30 minutos até 2 horas após as refeições e não é aliviada pela alimentação. A dor da úlcera é caracterizada por sensação de ardor ou sensação de queimadura.
Geralmente, as úlceras são doenças crónicas causadas por fatores químicos, neurais e hormonais, mas também pela bactéria helicobacter pylori que interfere no equilíbrio da mucosa gástrica, provocando úlceras e erosões no estômago.

Helicobacter Pylori

É um bacilo gram-negativo microaerófilo espiralado e curto que é encontrado nas partes profundas da camada de muco gelatinoso que recobre a mucosa-gástrica. Geralmente esta bactéria é adquirida na infância, quer por via oral, quer por via orofecal. A infeção da helicobacter pylori ocorre através da alimentação, líquidos ou utensílios contaminados.

Cerca de 95% dos pacientes com úlcera duodenal possui esta bactéria! Ela vive abaixo da camada de muco para se proteger da acidez do estômago. Como na maioria das bactérias, o ácido pode destruí-la, motivo pelo qual a helicobacter pylori desenvolveu um engenhoso sistema, o qual lhe permite atravessar a parede do estômago e chegar à mucosa, onde se instala. Para tal, segrega uma enzima, a urease, que faz com que, à medida que avança para a mucosa gástrica, o meio que a rodeia seja menos ácido. Abre caminho através do muco que reveste a mucosa, para chegar às células do epitélio gástrico, às quais se fixa.

Debaixo do muco o meio é menos ácido, sendo um local propício para o seu crescimento e multiplicação. O organismo encontra sérios problemas para eliminar esta bactéria, dado que as imunoglobulinas da mucosa não são capazes de destruí-la.

Ao instalar-se, a bactéria produz uma gastrite aguda com mal-estar, náuseas e vómitos, que dura 2 semanas. Em pouco tempo, a situação acalma e os sintomas desaparecem, mas inicia-se o desenvolvimento de uma inflamação persistente no estômago – gastrite crónica – que pode durar anos. Esta inflamação pode progredir até se produzir uma úlcera.

Pela sua saúde, procure um terapeuta credenciado e…É por isso importante, procurar um terapeuta que o (a) possa ajudar a aliviar a sintomatologia e a tratar a patologia, de modo a que possa… sorrir com Saúde!

Helena Rodrigues

HelenMed

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