Royal Ontario Museum, Toronto
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Royal Ontario Museum, Toronto

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A arquitetura contemporânea de uma das fachadas principais do Royal Ontario Museum (conhecido como ROM) atrai, indiscutivelmente, a atenção de quem passa. Inaugurado em 1914, num edifício de traça neorromânica e neobizantina, em 2007 foi objeto de expansão e renovação visíveis. O arquiteto responsável pelo projeto – Daniel Libeskind – transformou de modo singular uma das fachadas do edifício. Intitulado por alguns “Cristal de Michael Lee Chin” (o generoso mecenas da obra), o museu apresenta-se-nos como uma perfeita combinação de edifício antigo e de vanguarda.

O ROM, localizado no canto sudoeste das artérias nobres da cidade de Toronto, Bloor Street e Queen’s Park Crescent, é o museu mais importante de todo o Canadá, com um acervo de mais de seis milhões de peças, distribuídas por dezenas de galerias nos quatro níveis do edifício. Com obras de arte de todo o mundo, coleções de história natural e de arqueologia reconhecidas internacionalmente pelo seu valor inestimável, o museu tem tudo para satisfazer pessoas de todas as idades, gostos e interesses diferentes.

À semelhança dos grandes museus, às exposições permanentes acrescentam-se exposições temporárias de indiscutível mérito. Para além disso, possui uma valiosa biblioteca, dinamiza atividades destinadas a crianças e adultos, visitas guiadas pela cidade, viagens de estudo e, digitalmente, proporciona programas de interesse internacional.

Entre as coleções permanentes do museu, a área dos fósseis e dinossauros é uma das favoritas de todos os visitantes. O Nível 2 do Museu é constantemente animado por visitas de dezenas de crianças para verem os esqueletos dos maiores dinossauros que existiram na Terra. Essa visita é parte integrante do programa das escolas canadianas, mas os adultos também se interessam por esta temática. Foi a minha filha, nos primeiros anos da escola primária, quem me levou ao ROM pela primeira vez para ver o famoso Barossauro.

O Museu expõe uma valiosa coleção de arquitetura e escultura chinesas, múmias egípcias, galerias sobre Roma, Grécia, África, as primeiras civilizações do Canadá e muito mais.

 

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Na década de noventa, passei muitas horas nesse museu, como voluntária e membro da direção. O meu nome foi proposto por Rosario Marchese, Ministro da Cultura na altura, o que muito me honrou. Embora familiarizada com algumas das coleções do museu, tive oportunidade de conhecer espaços a que o grande público não tem acesso, e de me maravilhar com a incomparável riqueza de muitas obras de arte a aguardar a vez de serem expostas. Surpreendiam-me as infindas propostas para exposições temporárias de obras de artistas famosos de todo o mundo, infelizmente nem sempre possíveis de aceitar.

O custo da entrada para o museu não é acessível a todas as bolsas e, por isso, se torna um pouco elitista. Há a possibilidade de qualquer pessoa ou família pagar para se tornar sócio e entrar no museu sempre que quiser. Para promover as idas ao museu, há um dia por semana, de entrada gratuita para se poder visitar todas as galerias.

Com o fim de atrair um público ainda maior – o museu recebe cerca de um milhão de visitantes por ano – até ao fim de setembro deste ano, o ROM permite a visita gratuita às exposições e espetáculos de animação artística no rés-do-chão do edifício.

Entre as exposições que se podem visitar, uma é dedicada aos povos que habitavam o Canadá, antes da chegada dos europeus. Mapas, canoas, vestuário, esculturas e uma rica variedade de artefactos são visualmente atraentes e permitem compreender melhor o país.

 

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Há outra sobre a China, país surpreendente pela sua cultura milenária e de visita inacessível para a maioria das pessoas. No museu é-nos oferecida a oportunidade de observar templos, estátuas e obras valiosas da cultura oriental. Os chineses distinguem-se na pintura, caligrafia, cerâmica, escultura, e tantas outras manifestações artísticas.

Há também visitas guiadas, música, pastelaria e loja de souvenirs onde se vendem réplicas, sob variadíssimas formas, das peças expostas.

Dedicar uma manhã ou uma tarde a percorrer os espaços do Royal Ontario Museum, a começar pela entrada do “cristal” e todo o belíssimo espaço rés-do-chão, é uma boa opção para um dia de férias.

Manuela Marujo

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