Proudly Canadian
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revista amar - proudly canadian

 

No mês em que celebramos o 155º aniversário do Canadá, julgo pertinente abordar o tema do “dress code” da cerimónia de cidadania canadiana. Desde o início da pandemia que a cerimónia de juramento se tornou virtual. Contudo, este contratempo não deve servir de desculpa para descurar a sua imagem; porque irá estar vísivel para toda uma audiência, assim como terá uma parte ativa na cerimónia; para além disso, deverá ter em conta que este tipo de evento impõe regras restritas de apresentação; neste caso “bussiness attire”. O estilo que deverá procurar trata-se de roupa semi-formal, como se vestisse para uma reunião de trabalho.

 

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A peça que não deve descurar, é o “blazer”. Sendo que a cerimónia acontece no seio da sua habitação, pode optar por opções mais descontraídas; como uma t-shirt de bom corte, e calçado confortável. No caso que se segue, optei por uma versão saia com uma t-shirt de algodão alusiva ao momento; bem como uns ténis de padrão “lumberjack”, tipicamente canadiano.

 

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Para as senhoras que têm um certo senso de elegância no seu dia-a-dia, o conjunto em três tons diferentes de rosa, ganham alguma nobreza, com uma jóia vistosa, como esta pregadeira dourada, a célebre “maple leaf”, simbolo da nossa bandeira e de um sem número de alegoria deste belíssimo país que nos acolhe e onde fazemos a nossa casa. De sorriso nos lábios, o celebre “baton” é da Sephora, e custa cerca de $12.

 

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Primeiro a tão desejada residência, e finalmente o ato formal da cidadania; grande parte de nós almeja por este final feliz toda uma vida. Por essa razão, a cerimónia de juramento deve ser vivida com emoção e alegria; como um ponto de chegada após um longo caminho de incerteza e receio; e um ponto de partida para novos horizontes. Por essa razão, para além de se vestir para a ocasião, do ponto de vista emocional, faz sentido usar algum objeto que mantenha vivas as suas raízes, da sua terra e das suas gentes. Algo que o ligue aos antepassados; às suas crenças; ao que lhe sustentou o caminho para ver chegar este dia.

No meu caso pessoal, na minha cerimónia de cidadania, optei por usar o azul escuro e o vermelho. São cores institucionais, para além de serem clássicas. Nesse dia, coloquei uns brincos deveras especiais para mim; que pertenceram à minha saudosa bisavó materna. E ao pescoço, a réplica do eléctrico 28, da cidade de Lisboa, onde estudei e vivi. Deixo aqui algumas ideias que podem servir de inspiração para quem estiver a aguardar a sua cerimónia de cidadania: uns brincos de faiança portuguesa; um alfinete de peito da guitarra portuguesa com um quadro de Malhoa em relevo; a inspiração dos lenços dos namorados; um anel com a exaltação da Senhora Aparecida, padroeira do Brasil e dos Imigrantes; e um par de brincos em filigrana, da autoria da fadista Ana Moura.

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Já Santo António, padroeiro de Lisboa e casamenteiro, passa em muitas famílias, de geração em geração. A moeda portuguesa de 5$00, já sem servir de cunho de troca, traz na caravela recortada, a nossa herança de aventureiros e marinheiros destemidos. O lenço de Viana do Castelo reconforta-nos e traz-nos as memórias da hospitalidade do Norte. O Cristo Redentor que nos recebe de braços abertos, quer no Rio, quer no meio do Tejo. E até uma singela t-shirt branca com a palavra “Saudade” não nos deixa esquecer a palavra mais ouvida entre os nossos; os abraços que ficaram do lado do mar, na hora da despedida. Tudo faz parte deste dia único; as memórias felizes e infelizes; as dificuldades; as provas superadas; os novos amigos; os inúmeros trabalhos na sombra que nos fizeram chegar a este dia, em que nos tornamos iguais em direitos e deveres, aos que cá nasceram.

 

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O “blazer” aufere um “bom ar” à escolha mais subtil. Se completou os estudos numa instituição reconhecida; se faz trabalho de voluntariado numa organização que admira e gosta do que faz, porque não vestir a “camisola”? Afinal, é parte das suas conquistas!

 

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Termino com um conjunto em tons da bandeira canadiana. O branco e vermelho complementam-se ainda melhor do que o preto e o vermelho. Uns brincos da coleção de Ana Moura combinam-se na perfeição com um vestido clássico até ao joelho. O lenço é um vintage de 1945, com o brasão real canadiano. Já o “baton” da MAC, é uma belissima homenagem a este imenso país: “Proud To Be Canadian”; uma homenagem da MAC na ocasião dos 150 anos do Canadá. Ainda bem que há coisas que não saem de moda. Happy Canada Day!

Maria João Rafael

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