{"id":15317,"date":"2018-01-28T12:10:15","date_gmt":"2018-01-28T17:10:15","guid":{"rendered":"http:\/\/revistamar.com\/?p=15317"},"modified":"2018-01-30T14:54:28","modified_gmt":"2018-01-30T19:54:28","slug":"simbolos-da-republica-vs-monarquia-ii-selo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/revistamar.com\/conhecimento\/simbolos-da-republica-vs-monarquia-ii-selo\/","title":{"rendered":"S\u00edmbolos da Rep\u00fablica vs. Monarquia III – O Selo"},"content":{"rendered":"
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<\/a><\/p>\n Nestes primeiros dias de janeiro, a not\u00edcia do encerramento de 22 postos dos Correios \u2013 CTT, devido \u00e0 reestrutura\u00e7\u00e3o da empresa, tem agitado algumas localidades. Com uma popula\u00e7\u00e3o cada vez mais envelhecida, os servi\u00e7os postais de proximidade desempenham uma fun\u00e7\u00e3o social.<\/p>\n Como colaborador da Revista Amar, o meu pr\u00f3ximo apontamento sobre os s\u00edmbolos da rep\u00fablica vs. monarquia destina-se a dar visibilidade ao selo, como um fiel deposit\u00e1rio da hist\u00f3ria de Portugal. Quem na sua juventude n\u00e3o iniciou a \u201csua\u201d cole\u00e7\u00e3o de selos, arrancando os primeiros da correspond\u00eancia recebida. Hoje tudo mudou, as cartas s\u00e3o outras e n\u00e3o carecem de selo.<\/p>\n O selo postal tem uma hist\u00f3ria recente, a qual coincide com o incremento dos transportes e comunica\u00e7\u00f5es na segunda metade do s\u00e9c. XIX. O crescimento r\u00e1pido das cidades, o afluxo e mobilidade da popula\u00e7\u00e3o dos campos e o desenvolvimento das trocas comerciais, incrementaram a correspond\u00eancia de uma maneira assustadora. O porte pago pelo destinat\u00e1rio trazia graves problemas com a cobran\u00e7a dos portes. Em 1839, um funcion\u00e1rio do correio ingl\u00eas, Sir Rowland Hill, teve a ideia de obrigar o remetente a pagar a taxa de envio da carta. Como recibo do pagamento era fornecido um selo, para ser colado na carta e inutilizado com um carimbo indicando o lugar da expedi\u00e7\u00e3o. O primeiro selo foi emitido em 6 de maio de 1840, todo preto, com o valor de 1 penny e a ef\u00edgie da rainha Vitoria.<\/p>\n <\/a><\/p>\n <\/a><\/p>\n <\/p>\n Portugal associa-se ao sistema, no reinado de D. Maria II. Os primeiros selos portugueses s\u00e3o postos em circula\u00e7\u00e3o no dia 1 de julho de 1853 com as taxas de 5 e de 25 reis, respetivamente castanho avermelhado e azul esverdeado. Durante o mesmo m\u00eas s\u00e3o emitidas as taxas de 50 e 100 reis, em verde e em lil\u00e1s. Apresentam, todos, a ef\u00edgie da Rainha D. Maria II e foram gravados por Francisco Borja Freire.<\/p>\n <\/p>\n Com D. Carlos I e \u00e0 semelhan\u00e7a das moedas, a partir de 1898 iniciou-se a emiss\u00e3o de selos com a sua ef\u00edgie, bem como selos comemorativos assinalando o IV Centen\u00e1rio <\/a>da descoberta do caminho Mar\u00edtimo para a \u00cdndia.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Com a Implanta\u00e7\u00e3o da Rep\u00fablica, os selos funcionaram muitas vezes como ve\u00edculos de propaganda e como forma de divulga\u00e7\u00e3o dos protagonistas do regime republicano e de personalidades marcantes.<\/p>\n <\/p>\n <\/a><\/p>\n \u201cOs selos foram uma das armas utilizadas pelos republicanos para fazer chegar \u00e0 popula\u00e7\u00e3o os seus ideais e tornar mais conhecidos os seus dirigentes. Estes selos eram muitas vezes apostos na correspond\u00eancia lado a lado, com os selos emitidos pelos correios, recebendo tamb\u00e9m o carimbo da respetiva circula\u00e7\u00e3o.\u201d<\/em><\/p>\n At\u00e9 1912, os selos existentes continuaram a ser utilizados sendo-lhes realizada uma pequena modifica\u00e7\u00e3o atrav\u00e9s de um carimbo a dizer REP\u00daBLICA.
\nA primeira s\u00e9rie de selos republicanos foi lan\u00e7ada em 1912, recebendo o t\u00edtulo de CERES, por neles figurar a deusa grega Ceres, deusa das plantas e do amor maternal. Os selos registavam tamb\u00e9m a inscri\u00e7\u00e3o \u201cREP\u00daBLICA PORTUGUESA\u201d no topo e \u201cCORREIO\u201d em baixo da figura.<\/p>\n