{"id":16765,"date":"2019-01-22T21:49:41","date_gmt":"2019-01-23T02:49:41","guid":{"rendered":"http:\/\/revistamar.com\/?p=16765"},"modified":"2019-01-22T22:42:41","modified_gmt":"2019-01-23T03:42:41","slug":"a-conversa-com-carlos-costa","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/revistamar.com\/amar\/entrevistas\/a-conversa-com-carlos-costa\/","title":{"rendered":"\u00c0 conversa com Carlos Costa"},"content":{"rendered":"

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“O meu objetivo era oferecer a melhor qualidade de som que existia com base no or\u00e7amento de cada cliente e isso ainda \u00e9 a minha prioridade. Esse era o meu sonho e a minha paix\u00e3o que se mantem at\u00e9 hoje.”<\/strong><\/em><\/span><\/h2>\n

 <\/p>\n

E<\/span>m janeiro fomos falar com um dos grandes respons\u00e1veis pelos sucessos de eventos realizados um pouco por toda a \u00e1rea metropolitana de Toronto.
\nEste jovem nascido no norte de Portugal, mais concretamente no concelho de Vila do Conde, imigrou para o Canad\u00e1 ainda em crian\u00e7a com os pais e com 20 anos regista a ACS Productions Sound & Lighting Inc, empresa produtora de alguns dos maiores eventos que se realizam na \u00e1rea metropolitana de Toronto, incluindo a Semana de Portugal, entre outros.
\nEste m\u00eas estivemos \u00e0 conversa com o empreendedor Carlos Costa.<\/p>\n

Revista Amar: Carlos, fale-nos um pouco de si?<\/strong>
\nCarlos Costa:<\/strong> Nasci em Bagunte que fica no concelho de Vila do Conde, em casa, a 5 de agosto de 1977. Fui viver com os meus av\u00f3s muito novo para Modivas, na freguesia de Mindelo. Vim, contradiado, para o Canad\u00e1 com os meus pais com apenas 8 anos. Sou casado com uma mulher linda, a Jannette. J\u00e1 n\u00e3o vou a Portugal h\u00e1 aproximadamente 20 anos, mas prometi \u00e0 Jannette que \u00edamos l\u00e1 este ano. Ela nasceu c\u00e1, mas os pais s\u00e3o a\u00e7orianos, da Ilha da Terceira, e prometi que \u00edamos aos A\u00e7ores e ao continente.<\/p>\n

R. A.: E h\u00e1 quantos anos est\u00e1 neste ramo?<\/strong>
\nC. C.:<\/strong> Eu comecei em 1996 com a minha namorada, hoje minha esposa Jannette. Regist\u00e1mos a companhia ACS Productions Sound & Lighting Inc. em 1997. A partir dali come\u00e7\u00e1mos a trabalhar com o Mark Radu da PA Plus, na altura era a melhor companhia de som do Canad\u00e1 e em Toronto tinha quase todos os contratos da cidade. O Mark Radu teve muita influ\u00eancia como fa\u00e7o o meu trabalho e a amizade que se formou na altura mantem-se at\u00e9 hoje, para al\u00e9m de que ainda trabalha connosco. Entre n\u00f3s nunca houve competi\u00e7\u00e3o, pelo contr\u00e1rio, houve sempre muito respeito.<\/p>\n

R. A.: Foi algo que sempre ambicionou ou foi uma oportunidade que surgiu na altura certa?<\/strong>
\nC. C.:<\/strong> Foi uma oportunidade na altura certa. Eu trabalhava em bares como DJ e no Limelight, aquele que foi considerado o primeiro \u201cOne Million Dollar Nightclub\u201d de Toronto. O propriet\u00e1rio Zisi Konstantinou e o gerente Orin Bristol iam abrir mais um bar e como eu j\u00e1 n\u00e3o queria trabalhar mais como DJ, eles ofereceram-me trabalho como gerente do Limelight, que eu aceite. Entretanto tamb\u00e9m fui gerente do System Soundbar, onde ent\u00e3o fiz a minha primeira instala\u00e7\u00e3o de som.<\/p>\n

R. A.: Quando regista a sua empresa em 1997, quais eram as perspetivas?<\/strong>
\nC. C.:<\/strong> \u00c9 assim, queria ganhar dinheiro e o que come\u00e7ou como um passatempo, desenvolveu-se e cresceu nos \u00faltimos 21 anos numa empresa lucrativa. Agora em vez de expandir a ACS, o crescimento passa por comprar outras empresas porque \u00e9 mais f\u00e1cil e mais r\u00e1pido e n\u00e3o s\u00f3, essas empresas j\u00e1 t\u00eam mercado e clientes. O meu objetivo era oferecer a melhor qualidade de som que existia com base no or\u00e7amento de cada cliente e isso ainda \u00e9 a minha prioridade. Esse era o meu sonho e a minha paix\u00e3o que se mantem at\u00e9 hoje.<\/p>\n

R. A.: Qual era a finalidade da ACS Productions Sound & Lighting?<\/strong>
\nC. C.:<\/strong> Quando cri\u00e1mos a ACS a finalidade era instala\u00e7\u00e3o de som. Eu queria \u201cdar\u201d isso \u00e0 nossa comunidade e a oportunidade nunca surgiu quando era mais novo. Ao fim de mais ou menos 4 anos, percebi que s\u00f3 fazer som era muito limitador e n\u00e3o permitia o crescimento da empresa. Entretanto comecei a introduzir as luzes, por\u00e9m para isso precisava das estruturas pr\u00f3prias de alum\u00ednio para poder fixar as luzes. A seguir deparei-me com a necessidade de introduzir v\u00eddeo, ent\u00e3o vieram os leds em 2002, quando ainda nem se fala nisso. Estriei os leds na comunidade portuguesa no fim de semana das comemora\u00e7\u00f5es do Dia de Portugal.<\/p>\n

R. A.: Um outro ponto forte da ACS \u00e9 o modelo de cada palco. S\u00e3o todos criados pelo Carlos?<\/strong>
\nC. C.:<\/strong> Por norma sou eu que desenho os palcos, o que me tr\u00e1s obst\u00e1culos e outros desafios, que \u00e9 deparar-me com o facto de n\u00e3o existirem \u00e0 venda, entre outras coisas, as tais estruturas de alum\u00ednio que eu preciso para a montagem e, nessa altura, come\u00e7o a criar as nossas estruturas personlizadas. Estamos sempre a desenvolver novos produtos, novas estruturas, etc. consoante a necessidade.<\/p>\n

R. A.: Do que precisa para ultrapassar esses obst\u00e1culos?<\/strong>
\nC. C.:<\/strong> Preciso de um l\u00e1piz, um papel e uma r\u00e9gua… (risos) depois de ter em papel o que preciso envio para uma f\u00e1brica para me fazer a pe\u00e7a ou pe\u00e7as, depois de conclu\u00edda \u00e9 enviada para um ou mais enginheiros. Por norma os enginheiros mandam fazer altera\u00e7\u00f5es de melhoramento e s\u00f3 depois destes passarem o Certificado de Seguran\u00e7a das pe\u00e7as \u00e9 que come\u00e7amos a produ\u00e7\u00e3o das mesmas. Metade do nosso material met\u00e1lico foi criado por n\u00f3s.<\/p>\n

R. A.: Alguma vez tiveram problemas com essas estruturas?<\/strong>
\nC. C.:<\/strong> Nunca. Por isso \u00e9 que tudo que temos \u00e9 certificado, porque a seguran\u00e7a do meu staff e de todos sem exe\u00e7\u00e3o \u00e9 uma prioridade absoluta.<\/p>\n

R. A.: A ACS est\u00e1 a onde e que tipo de trabalhos \u00e9 que fazem?<\/strong>
\nC. C.:<\/strong> Estamos mais virados para concertos, sal\u00f5es de eventos como o Universal Eventspace P\u00e9trus 82 Lobby Bar-Hotel X da Peter & Paul\u00b4s do prestigado empres\u00e1rio Peter Eliopoulos, Paramount Eventspace, The Manor, Harbourfront Center, etc..<\/p>\n

R. A.: A ACS est\u00e1 estruturada de maneira a ser autossuficiente para qualquer evento?<\/strong>
\nC. C.:<\/strong> Sim. Digo isto com muito orgulho, no Canad\u00e1 somos os \u00fanicos neste ramo que n\u00e3o precisam de sub contratar outras empresas para fazer um espet\u00e1culo, s\u00f3 precisamos de m\u00e3o-de-obra que infelizmente n\u00e3o \u00e9 f\u00e1cil de encontrar, porque um bom t\u00e9cnico e honesto \u00e9 uma raridade.<\/p>\n

R. A.: Quantos empregados tem efetivos?<\/strong>
\nC. C.:<\/strong> A ACS tem 10 empregados, que merecem ser referenciados… Danny Gama, Gabriel Avila, Elektra Prepos, Jos\u00e9 Gouveia, Caleb Reyes, Chris Johnson, Caglar Icer, Victor Rivera, Christa Miller e Demo Lintzeris. Na parte da Backline s\u00e3o 3 – Jay Koenderman, Eric Blearley e Kim Trollope.<\/p>\n