![\"\"](\"http:\/\/revistamar.com\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/402-1.jpg\")
\t\t\u00c9 incomum imaginar uma crian\u00e7a com algum transtorno mental ou doen\u00e7a emocional. Isso faz-se evidente diante da dificuldade e diagn\u00f3stico tardio de v\u00e1rios deles. Associar a imagem de uma crian\u00e7a a algum aspeto negativo \u00e9 estranho e pouco comum, pois sempre \u00e9 mais f\u00e1cil projetar uma imagem que envolva alegria, energia, sorrisos, curiosidade e bagun\u00e7a. Mas, infelizmente isso n\u00e3o significa que elas estejam \u201cprotegidas\u201d de desenvolver algum dist\u00farbio.<\/p>\n
\u00c9 importante estar atento a alguns sinais que podem evidenciar que uma crian\u00e7a est\u00e1 passando por alguma dificuldade emocional, tais como: perda do interesse ou prazer por brincar; deixar de explorar todo o universo ao seu redor; cansa\u00e7o, fadiga, altera\u00e7\u00f5es no sono, medo de dormir ou choro antes de dormir com medo de pesadelos frequentes; enurese e ecoprese (urinar ou defecar na roupa ou na cama); ansiedade; alguns atrasos no desenvolvimento; auto deprecia\u00e7\u00e3o, sentimentos de rejei\u00e7\u00e3o, problemas para socializar-se com outras crian\u00e7as, comportamento agressivo e antissocial.
\nTamb\u00e9m \u00e9 comum ocorrerem dores e sintomas f\u00edsicos sem causas espec\u00edficas, como por exemplo: dores de cabe\u00e7a, dor lombar, nas pernas, n\u00e1useas, v\u00f3mitos, c\u00f3licas intestinais, tonturas, etc. Essas dores podem ser consideradas como os primeiros sinais de que a crian\u00e7a se encontra com problemas emocionais, j\u00e1 que o pensamento da crian\u00e7a parte primeiro do concreto para o abstrato, uma dor f\u00edsica \u00e9 real e mais f\u00e1cil para que se expressem, uma vez que ainda est\u00e3o no processo de desenvolvimento e n\u00e3o tem condi\u00e7\u00f5es de elaborar um significado para uma dor que n\u00e3o sabem expressar.<\/p>\n
Pais que t\u00eam depress\u00e3o devem redobrar a aten\u00e7\u00e3o uma vez que seus filhos t\u00eam grande probabilidade de tamb\u00e9m apresentar a doen\u00e7a. A depress\u00e3o infantil pode surgir diante da hereditariedade, ou ser desencadeada por outros fatores como \u201cbullying\u201d, luto, separa\u00e7\u00e3o dos pais, dificuldades de adapta\u00e7\u00e3o diante de novas situa\u00e7\u00f5es, mudan\u00e7as de escola, de casa, de cidade, entre outras situa\u00e7\u00f5es que geram desgaste na crian\u00e7a.<\/p>\n
Ser crian\u00e7a n\u00e3o \u00e9 sin\u00f3nimo de imunidade \u00e0s doen\u00e7as org\u00e2nicas e\/ou psicol\u00f3gicas e, mais do que os adultos que conseguem dizer o que est\u00e3o sentindo, as crian\u00e7as podem acabar entendendo que o inc\u00f3modo faz parte de quem elas s\u00e3o, e n\u00e3o v\u00e3o conseguir comunicar se algo estiver errado. Torna-se mais dif\u00edcil perceber j\u00e1 que na inf\u00e2ncia, a crian\u00e7a ainda est\u00e1 tomando conhecimento de todos os sentimentos e emo\u00e7\u00f5es e, por vezes, n\u00e3o sabem como nome\u00e1-los ou distingui-los, cabendo aos adultos ajudarem-nas a dar um sentido para esses sentimentos e emo\u00e7\u00f5es.<\/p>\n
Vale ressalvar que \u00e9 normal que as crian\u00e7as se sintam tristes e angustiadas em algum momento da sua vida. Crescer \u00e9 uma das experi\u00eancias humanas mais dolorosas. Sentir tristeza faz parte do processo por um tempo, por\u00e9m, o excesso de tristeza, de apatia, de isolamento, des\u00e2nimo e de desvaloriza\u00e7\u00e3o podem n\u00e3o ser s\u00f3 \u201cbirra\u201d ou a aproxima\u00e7\u00e3o da \u201caborrecida\u201d fase da adolesc\u00eancia e talvez o problema tenha crescido com a crian\u00e7a\/adolescente sem que ningu\u00e9m percebesse.<\/p>\n
Portanto, \u00e9 preciso estar atento \u00e0s mudan\u00e7as no comportamento da crian\u00e7a. Saber que em cada fase de seu crescimento novas mudan\u00e7as e novos comportamentos ir\u00e3o surgir. Assim como novos significados para cada emo\u00e7\u00e3o e sentimento. Muita aten\u00e7\u00e3o quando ouvir ou disser: \u201cmeu filho \u00e9 muito bonzinho, n\u00e3o me d\u00e1 trabalho nenhum!\u201d ou \u201cEu n\u00e3o posso com a vida do meu filho, faz muitas birra!\u201d. Ser bonzinho n\u00e3o significa exatamente estar saud\u00e1vel! Se o seu filho n\u00e3o lhe d\u00e1 trabalho nenhum ou d\u00e1 muito trabalho, o importante \u00e9 criar um ambiente para que ele se possa abrir e falar dos seus sentimentos de forma saud\u00e1vel.<\/p>\n
O comum \u00e9 que toda crian\u00e7a \u00e9 curiosa, gosta de explorar e descobrir, se interessa por algo, e tem sempre um \u201cporqu\u00ea?\u201d na ponta da l\u00edngua! Ser crian\u00e7a \u00e9 trabalhoso e educar uma crian\u00e7a \u00e9 mais trabalhoso ainda, por isso cuidado com essa hist\u00f3ria de que \u00e9 melhor a crian\u00e7a que n\u00e3o d\u00e1 trabalho. Existem diferen\u00e7as entre uma crian\u00e7a que \u00e9 realmente tranquila, mas brinca e interage com o mundo, e outra que est\u00e1 emitindo sinais de alerta, de que precisa de ajuda. As crian\u00e7a muito \u201cboazinhas\u201d que s\u00e3o introspetivas ao extremo, que n\u00e3o t\u00eam vontade de brincar ou prazer em brincadeiras, n\u00e3o t\u00eam curiosidade de conhecer o mundo, sentem-se extremamente inseguras e ansiosas longe dos pais ou pessoas que tomam conta delas, \u00e9 uma crian\u00e7a que precisa de uma aten\u00e7\u00e3o maior. Lembramos que a depress\u00e3o \u00e9 uma doen\u00e7a trat\u00e1vel, geralmente, quando diagnosticada precocemente. A psicoterapia infantil e a orienta\u00e7\u00e3o familiar melhoram significativamente o quadro cl\u00ednico.
\nProcure o seu profissional de sa\u00fade para obter mais informa\u00e7\u00f5es.<\/p>\n
Cristina Santana<\/strong><\/span><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" A depress\u00e3o \u00e9 uma doen\u00e7a s\u00e9ria e muito discutida nos dias atuais, mas sabia que tamb\u00e9m pode afetar crian\u00e7as e adolescentes? A depress\u00e3o na inf\u00e2ncia muitas vezes n\u00e3o \u00e9 percebida ou tratada e estende-se pela adolesc\u00eancia e\/ou vida adulta, gerando sofrimento e levando, muitas vezes, ao suic\u00eddio. \u00c9 incomum imaginar uma crian\u00e7a com algum transtorno …<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":18035,"comment_status":"closed","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[146,169,46],"tags":[938,939],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/revistamar.com\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/402-1.jpg","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/18034"}],"collection":[{"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=18034"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/18034\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/media\/18035"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=18034"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=18034"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=18034"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}