{"id":23827,"date":"2020-02-24T23:07:25","date_gmt":"2020-02-25T04:07:25","guid":{"rendered":"http:\/\/revistamar.com\/?p=23827"},"modified":"2020-09-27T22:48:14","modified_gmt":"2020-09-28T02:48:14","slug":"quinta-do-bill-os-filhos-da-nacao","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/revistamar.com\/amar\/entrevistas\/quinta-do-bill-os-filhos-da-nacao\/","title":{"rendered":"Quinta do Bill: Os filhos da Na\u00e7\u00e3o"},"content":{"rendered":"

Com mais de 30 anos de carreira e um conjunto de can\u00e7\u00f5es \u00fanicas, os Quinta do Bill s\u00e3o indiscutivelmente a maior banda folk rock portuguesa. Os oito \u00e1lbuns de originais editados, provam toda uma obra que mistura a emo\u00e7\u00e3o das baladas com a energia contagiante do folk e do rock. Tendo como lema \u201cfazer de cada concerto uma grande festa\u201d, a banda \u00e9 conhecida por atua\u00e7\u00f5es energ\u00e9ticas, que perduram na mem\u00f3ria de quem os v\u00ea ao vivo.<\/strong><\/p>\n

N\u00e3o h\u00e1 quem lhes fique indiferente. Temas como \u201cOs Filhos da Na\u00e7\u00e3o\u201d, \u201cVoa, voa\u201d, \u201cSe Te Amo\u201d e \u201cMenino\u201d entre tantos outros, s\u00e3o verdadeiros hinos, efusivamente cantados por um p\u00fablico de diferentes gera\u00e7\u00f5es. Com o intuito de colocar toda a gente aos \u201cpulos\u201d, os Quinta do Bill nesta sua digress\u00e3o t\u00eam contado com a participa\u00e7\u00e3o nos espet\u00e1culos com bandas filarm\u00f3nicas locais e Carlos Mois\u00e9s (voz, guitarra e flauta), Paulo Bizarro (baixo) afirmam ser gratificante e um grande desafio. A banda procura fazer de cada concerto uma experi\u00eancia \u00fanica.<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

 <\/p>\n

Quinta do Bill: Os filhos da Na\u00e7\u00e3o<\/span><\/a><\/h2>\n

 <\/p>\n

Revista Amar: Trinta e dois anos passados, se n\u00e3o fosse aquele senhor que tinha uma quinta como \u00e9 que seria a hist\u00f3ria?<\/strong>
\nMois\u00e9s:<\/strong> <\/span>A hist\u00f3ria seria diferente, seguramente. A Quinta do Bill \u00e9 uma quinta que existe, ainda hoje existe nos arredores de Tomar, e foi onde come\u00e7\u00e1mos a ensaiar por volta de 1987 e tivemos que arranjar um nome. Pusemos o nome da quinta, Quinta do Bill, ficou assim. O Bill era o dono da quinta.<\/p>\n

RA: Voc\u00eas come\u00e7aram \u201cSem Rumo\u201d, o t\u00edtulo do primeiro disco, mas depois ficaram logo os \u201cFilhos da Na\u00e7\u00e3o\u201d.<\/strong>
\nMois\u00e9s:<\/strong><\/span> Fic\u00e1mos passado uns tempos. \u201cSem Rumo\u201d \u00e9 o primeiro disco dos Quinta do Bill, que saiu em 1992 e \u201cOs Filhos da Na\u00e7\u00e3o\u201d saiu s\u00f3 passados dois anos, em 1994. Foi gra\u00e7as, sem d\u00favida, a essa grande can\u00e7\u00e3o que os Quinta do Bill conseguiram o seu lugarzinho no panorama da m\u00fasica portuguesa. Inclusivamente, eu sei que at\u00e9 no Canad\u00e1 muita gente conhece os Quinta do Bill porque n\u00f3s j\u00e1 l\u00e1 estivemos. Tivemos essa honra de estar no Portuguese Day, creio que em 1999, em Toronto, na Wonderland. Foi no parque da Paramount creio eu, j\u00e1 n\u00e3o me recordo bem, mas creio que sim e j\u00e1 estamos com saudades do Canad\u00e1 (risos).<\/p>\n

RA: Entretanto 32 anos passaram a correr.<\/strong>
\nMois\u00e9s:<\/strong><\/span> Sim. Hoje, realmente, olhamos para tr\u00e1s e tem sido tudo t\u00e3o r\u00e1pido, mas acho que tem sido vivido intensamente e sempre a gostar do que fazemos.<\/p>\n

RA: Qual o segredo da longevidade? \u00c9 gostar mesmo da m\u00fasica?<\/strong>
\nMois\u00e9s:<\/strong><\/span> \u00c9 realmente gostar do que fazemos e darmo-nos bem e gostarmos todos de fazer m\u00fasica, que \u00e9 o que nos faz andar aqui.<\/p>\n

RA: Voc\u00eas t\u00eam-se mantido fi\u00e9is \u00e0s vossas sonoridades. Sentem que os vossos f\u00e3s tamb\u00e9m se mant\u00eam fi\u00e9is \u00e0 banda? Continuam a acompanhar-vos em todos os concertos?<\/strong>
\nMois\u00e9s:<\/strong><\/span> Sim, sentimos isso e, felizmente, eu costumo dizer que tivemos a sorte de ter um rol de amigos que j\u00e1 n\u00e3o chamo f\u00e3s, mas sim de amigos, que nos seguem h\u00e1 muitos anos. Ainda hoje, pontualmente, em concertos eles aparecem, sempre para nos dar for\u00e7a. Felizmente fomos conquistando muitos, muitos amigos que seguem o nosso trajeto musical, as nossas m\u00fasicas e continuam a vibrar e \u00e9 gratificante.
\nPaulo:<\/strong> Ainda hoje vamos ter aqui, que eu j\u00e1 vi no Facebook, um grupo de amigas que conhecemos nos princ\u00edpios dos anos 90, pequeninas. Formaram um grupo que s\u00e3o as \u201cFi\u00e9is Seguidoras\u201d. V\u00eam c\u00e1 hoje com as t-shirts que mandaram fazer na altura e j\u00e1 s\u00e3o nossas f\u00e3s h\u00e1 muitos anos.<\/p>\n

RA: Na d\u00e9cada de 80 era forte misturar o folk com o rock e cantar em portugu\u00eas. Como era esse ambiente e esse mundo?<\/strong>
\nMois\u00e9s:<\/strong><\/span> Eu creio que sim, nessa altura havia os Sitiados, S\u00e9tima Legi\u00e3o. Eu creio que, hoje em dia, ainda h\u00e1 muita gente a fazer muito boa m\u00fasica nesse universo da m\u00fasica folk, da m\u00fasica tradicional, apesar de n\u00f3s misturarmos isso com o rock e com o pop.<\/p>\n

RA: Ainda h\u00e1 pontos de interesse na m\u00fasica folk?<\/strong>
\nMois\u00e9s:<\/strong> <\/span>Eu sinto que sim e a prova disso s\u00e3o os concertos. N\u00f3s sentimos e vemos v\u00e1rias gera\u00e7\u00f5es nos concertos que gostam e que vibram com este tipo de m\u00fasica, com as nossas can\u00e7\u00f5es. \u00c9 importante eu ter vivido muito aquele boom da m\u00fasica tradicional portuguesa, portanto, todas essas influ\u00eancias tamb\u00e9m as transportei para os Quinta do Bill. A raz\u00e3o de ser dos Quinta do Bill terem esta abordagem de m\u00fasica folk com rock tem um pouco a ver com as ra\u00edzes.<\/p>\n

RA: E estas roupagens com uma orquestra filarm\u00f3nica. \u00c9 f\u00e1cil trabalhar, \u00e9 um desafio, \u00e9 gratificante?<\/strong>
\nMois\u00e9s:<\/strong> <\/span>\u00c9 muito gratificante, \u00e9 um grande desafio. Eu penso que as pessoas depois v\u00e3o ter oportunidade de ver o resultado final. \u00c9 um formato onde n\u00f3s j\u00e1 tivemos v\u00e1rias parcerias, com v\u00e1rias filarm\u00f3nicas. Eu costumo dizer que \u00e9 incr\u00edvel este universo das filarm\u00f3nicas em Portugal. Para j\u00e1 subiu muito a fasquia em termos de qualidade. \u00c9 incr\u00edvel, temos muitos jovens a estudar m\u00fasica. As pessoas v\u00e3o ter a oportunidade de ver esta fant\u00e1stica Uni\u00e3o Filarm\u00f3nica do Troviscal que \u00e9 uma banda jovem mas que toca lindamente e este formato para n\u00f3s \u00e9 muito gratificante porque revestimos as nossas can\u00e7\u00f5es com outras sonoridades, com outros timbres, com muitos instrumentos e eu penso que \u00e9 muito interessante. Por isso fica o convite para as pessoas aparecerem.<\/p>\n

RA: E o tema \u201cNo Sil\u00eancio do Teu Olhar\u201d, porqu\u00ea uma nova vida neste tema?<\/strong>
\nMois\u00e9s:<\/strong><\/span> \u00c9 uma can\u00e7\u00e3o que saiu em 2012, no \u00e1lbum das baladas, e n\u00f3s gostamos tanto da can\u00e7\u00e3o que pensamos que ela passou um pouco despercebida na altura e resolvemos pegar nela novamente, mas convidamos uma artista de peso, do universo da m\u00fasica da Galiza, que \u00e9 a Guadi Galego, que tem uma voz incr\u00edvel e que participou nesta nova vers\u00e3o e eu penso que as pessoas v\u00e3o gostar muito. Se tiverem oportunidade n\u00e3o deixem de ouvir porque \u00e9 muito interessante.<\/p>\n

RA: E os planos para um novo trabalho?<\/strong>
\nMois\u00e9s:<\/strong><\/span> Est\u00e3o a\u00ed. Todos os dias, a toda a hora, estamos sempre a \u201cmagicar\u201d qualquer coisa de novo e futuramente vai, com certeza, aparecer um novo disco da Quinta do Bill.<\/p>\n

RA: Voc\u00eas asseguram sempre a festa nos concertos. Queria que deixassem agora uma \u00faltima mensagem para os nossos leitores do Canad\u00e1.<\/strong>
\nMois\u00e9s:<\/strong> <\/span>Eu queria enviar um grande abra\u00e7o al\u00e9m-mar, portanto, al\u00e9m oceano. Como eu disse h\u00e1 pouco, gost\u00e1mos imenso de estar com a comunidade portuguesa em Toronto, foi uma experi\u00eancia incr\u00edvel. Gostar\u00edamos imenso de voltar, qui\u00e7\u00e1 um dia. Desejo realmente que continuem a ouvir a m\u00fasica portuguesa porque vai-se fazendo muita coisa por c\u00e1 e eu sei que t\u00eam um carinho enorme por Portugal, portanto, envio um forte abra\u00e7o a todos.<\/p>\n

Paulo Perdiz<\/span><\/strong><\/p>\n

MDC Media Group<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Com mais de 30 anos de carreira e um conjunto de can\u00e7\u00f5es \u00fanicas, os Quinta do Bill s\u00e3o indiscutivelmente a maior banda folk rock portuguesa. Os oito \u00e1lbuns de originais editados, provam toda uma obra que mistura a emo\u00e7\u00e3o das baladas com a energia contagiante do folk e do rock. Tendo como lema \u201cfazer de …<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":23828,"comment_status":"closed","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[8,98],"tags":[1255,1243],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/revistamar.com\/wp-content\/uploads\/2020\/02\/1-10-scaled.jpg","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/23827"}],"collection":[{"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=23827"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/23827\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/media\/23828"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=23827"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=23827"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=23827"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}