{"id":29575,"date":"2023-06-19T14:00:25","date_gmt":"2023-06-19T18:00:25","guid":{"rendered":"https:\/\/revistamar.com\/?p=29575"},"modified":"2023-06-19T14:03:13","modified_gmt":"2023-06-19T18:03:13","slug":"anibal-seraphim","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/revistamar.com\/amar\/entrevistas\/anibal-seraphim\/","title":{"rendered":"An\u00edbal Seraphim"},"content":{"rendered":"

\"anibal<\/p>\n

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Nasceu no Porto, em agosto de 1965. Inspira-se nas boas a\u00e7\u00f5es e pr\u00e1ticas do av\u00f4 paterno, Juli\u00e3o Santos, que lhe valeu em 1930 o Grau de Cavaleiro e a Condecora\u00e7\u00e3o Torre e Espada, por ter salvado a vida a crian\u00e7as, tendo colocado em perigo a sua pr\u00f3pria vida e ter at\u00e9 perdido um dos membros.<\/strong><\/p>\n

O gosto pela natureza adv\u00e9m dessa liga\u00e7\u00e3o familiar de origem do Alto Douro Vinhateiro, onde passou parte da inf\u00e2ncia, em Tabua\u00e7o. Profissionalmente \u00e9 gestor numa empresa do ramo da metalurgia, mas \u00e9 nas horas de lazer que encontra o seu espa\u00e7o no mundo das artes e da fotografia.<\/p>\n

Ao adotar a regi\u00e3o de Laf\u00f5es como segundo lar, a fotografia levou-o a contribuir para a divulga\u00e7\u00e3o dessa regi\u00e3o e seus arredores, atrav\u00e9s de reportagens em jornais regionais, revistas e p\u00e1ginas de internet de institui\u00e7\u00f5es locais, tendo escrito mais de 300 artigos. Usa a forma visual com a divulga\u00e7\u00e3o fotogr\u00e1fica de espet\u00e1culos, eventos culturais e rurais, aliando a realiza\u00e7\u00e3o de v\u00eddeos dessas atividades em Portugal e no estrangeiro. Um dos seus gostos \u00e9 viajar e aprofundar os conhecimentos culturais de outras gentes e costumes.<\/p>\n

Da paix\u00e3o pela m\u00fasica levou-o a integrar tourn\u00e9es como assistente ou roadie. Essa particularidade acabou por definir a forma como \u00e9 reconhecido: An\u00edbal Seraphim. Esse nome consta nos cr\u00e9ditos de CDs, DVDs e ficha t\u00e9cnica de uma curta-metragem da qual integrou o elenco, al\u00e9m da participa\u00e7\u00e3o em teatro e numa resid\u00eancia art\u00edstica.<\/p>\n

No mundo da fotografia, tem 15 fotografias premiadas. Realizou v\u00e1rias exposi\u00e7\u00f5es coletivas e a t\u00edtulo individual conta com nove exposi\u00e7\u00f5es, tendo j\u00e1 agendadas v\u00e1rias para o ano de 2023. Em 2020 foi presidente de j\u00fari no concurso de fotografia de A Previd\u00eancia Portuguesa.<\/p>\n

Contacto: culturland@gmail.com<\/em>
\nFacebook: Sir.Seraphim<\/em>
\nWeb: o-homem-da-maquina-cor-de-rosa.webnode.pt<\/em><\/p>\n

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Recorda-se como come\u00e7ou a sua paix\u00e3o pela fotografia?<\/strong>
\nRecordo que antes da paix\u00e3o, tudo come\u00e7ou nos anos 70, ainda em crian\u00e7a, com a curiosidade de ver como ficavam as fotografias depois de reveladas, quando os meus pais me deixavam fazer as fotografias. Nunca mais pensei nisso at\u00e9 h\u00e1 20 e poucos anos, em que por mero acaso, um amigo comprou uma Compacta com 3 megapix\u00e9is e uns meses mais tarde comprou uma Reflex. A curiosidade voltou, comprei-lhe a Compacta usada, e a partir da\u00ed veio a paix\u00e3o pela fotografia, ao come\u00e7ar a registar as viagens e concertos. Com a evolu\u00e7\u00e3o qualitativa das m\u00e1quinas fotogr\u00e1ficas, em 2010 comprei uma Reflex, mas em 2012 \u00e9 que se d\u00e1 uma enorme viragem na paix\u00e3o porque a m\u00e1quina avariou no Luxemburgo, a meio de uma viagem pela europa, em que fotografava concertos. A\u00ed comprei uma Pentax K-X cor-de-rosa.<\/p>\n

O percurso na fotografia teve in\u00edcio como autodidata, ou \u00e0 medida que o tempo foi passando, obter \u201caquelas\u201d fotografias exigiu um estudo aprofundado da t\u00e9cnica.<\/strong>
\nSempre como autodidata. Ao evoluir para a primeira Reflex comecei a visualizar sites de fotografia para entender melhor os enquadramentos e algumas das regras b\u00e1sicas, e, claro, explorava as potencialidades da m\u00e1quina fotogr\u00e1fica para ir aperfei\u00e7oando a t\u00e9cnica. Depois surgiram amizades do qual comecei a ir em arruadas fotogr\u00e1ficas e nessa ocasi\u00e3o as dicas foram primordiais, mas com a compra da referida Pentax cor-de-rosa, \u00e9 que surgiu o verdadeiro desafio ao autodidatismo, porque a m\u00e1quina tem par\u00e2metros e diferen\u00e7as grandes em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s m\u00e1quinas dos colegas, ent\u00e3o, \u201caquelas\u201d fotografias s\u00e3o o fruto desse trabalho.<\/p>\n

O seu olhar sobre a realidade fica diferente atrav\u00e9s de uma objetiva? E esse olhar mudou com o decorrer do tempo?<\/strong>
\nEntre o ser mais fiel \u00e0 realidade e provocar propositadamente a diferen\u00e7a, no sentido de deixar um enigma sobre determinada foto, depende do contexto a fotografar. Por exemplo, se estiver a fotografar para reportagens em jornais ou revistas, ou para divulga\u00e7\u00e3o de um territ\u00f3rio, capto a realidade, mas caso seja por lazer, gosto de surpreender e fazer diferente do habitual, despertando a curiosidade visual. Da\u00ed que por diversas vezes usei e abusei das ilus\u00f5es de \u00f3tica. Outro olhar que mudou com o tempo, foi o de fotografar a natureza, pois por vezes sinto que h\u00e1 uma esp\u00e9cie de \u201cchamamento\u201d para certos detalhes que a natureza nos oferece e nem sempre os nossos olhos captam, mas com o decorrer dos anos e imbu\u00eddo no esp\u00edrito da pureza da natureza, surge esse chamamento.<\/p>\n

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Como acontece com o impulso de escrever, pintar, desenhar ou esculpir… fotografar passa a ser uma necessidade, ou surge como um meio de autoexpress\u00e3o pessoal e social?<\/strong>
\nCuriosa essa quest\u00e3o porque me remete para um percurso de pelo menos 20 anos e \u00e9 transversal na evolu\u00e7\u00e3o pessoal, devido \u00e0s v\u00e1rias fases que j\u00e1 vivenciei. No in\u00edcio era a tal curiosidade, que com as m\u00e1quinas de cart\u00e3o de mem\u00f3ria se podem captar milhares de imagens num s\u00f3 dia. Sim, passei por essa fase, a fase de sair todos os dias e fotografar. Um dia que n\u00e3o sa\u00edsse, sentia que me faltava algo! A\u00ed sim, foi a fase da necessidade. Essa fase \u00e9 interessante se nos permitir discernir que \u00e9 a fase da \u201ctentativa, erro\u201d e se tivermos a humildade de perceber que afinal n\u00e3o somos assim t\u00e3o bons quanto julgamos ser, serve para aprender a fotografar pouco e aprender com esses erros.
\nRemetendo-me para a segunda parte da quest\u00e3o, desde 2017 que fotografo menos e fa\u00e7o-o estritamente para as reportagens ou divulga\u00e7\u00f5es. Portanto, fa\u00e7o algo que n\u00e3o fica num ficheiro de computador, mas para ser visto e partilhado, isto como express\u00e3o social. Como autoexpress\u00e3o, vou captando imagens com o intuito de poder imprimir e fazer mostras ou exposi\u00e7\u00f5es, no caso espec\u00edfico da natureza e das express\u00f5es corporais, porque gosto de registar e captar por ser ef\u00e9mero.<\/p>\n

Em que medida a fotografia pode ser encarada como transgress\u00e3o, como arte ou como mensagem subliminar de uma sociedade?<\/strong>
\nComo transgress\u00e3o, entendo que aconte\u00e7a no caso de se captarem imagens para fins apenas de lazer, sem o consentimento das pessoas ou at\u00e9 de locais, como por exemplo numa visita a locais em obras ou locais que esteja expressa a proibi\u00e7\u00e3o, como acontece em alguns monumentos. Sob o aspeto art\u00edstico, \u00e9 a parte mais interessante do meu ponto de vista, porque \u00e9 a g\u00e9nese da arte da fotografia, quer seja a um talher para uma revista ou uma paisagem para que possa ser apreciada e divulgada. Sobre a fotografia ser uma mensagem subliminar de uma sociedade, entendo que esse trabalho \u00e9 muito importante e at\u00e9 relevante. Ningu\u00e9m esquece as fotografias dos horrores da guerra, das imagens captadas no massacre em Timor-Leste e em muitos outros momentos, pois o poder da imagem pode ser muito forte e chamar \u00e0 aten\u00e7\u00e3o do que \u00e9 a realidade muitas vezes escondida. Curiosamente, essa quest\u00e3o est\u00e1 muito mais interligada do que se possa pensar, pois por vezes sem transgress\u00e3o n\u00e3o se pode passar uma imagem da sociedade tal como ela \u00e9. No fundo, fotografia \u00e9 toda ela arte. Entendo que o mais importante \u00e9 imperar a regra do bom senso.<\/p>\n

\u00c9 dif\u00edcil captar\/obter uma boa fotografia?<\/strong>
\nQuem me conhece sabe que gosto de usar o sentido de humor e neste caso poderia responder com uma pergunta: \u201ce o que \u00e9 uma boa fotografia?\u201d Digo isto porque a arte \u00e9 muito subjetiva e o que pode ser uma boa fotografia para mim, pode n\u00e3o ser para outrem. N\u00e3o me posso esquecer o que uma vez me disse um j\u00fari de um concurso de fotografia, que a sua prefer\u00eancia s\u00e3o fotografias tortas. No entanto, usando o senso comum, e j\u00e1 que estou na fase de fazer v\u00e1rias exposi\u00e7\u00f5es de fotografia, o que pretendo \u00e9 expor algo que as pessoas se identifiquem e admirem no contexto global expositivo. J\u00e1 me aconteceu visualizar uma fotografia que considero que me esmerei bem para a captar, e as pessoas gostaram, mas na vertente expositiva passar despercebida no meio de outras, tal como j\u00e1 me aconteceu o oposto, em que expus fotografias que foram o \u201cplano B\u201d e no final foram as mais admiradas. Respondendo \u00e0 quest\u00e3o sob o prisma t\u00e9cnico, desde que o fot\u00f3grafo, ou qualquer pessoa, saiba tirar partido do seu equipamento e tiver bom gosto, n\u00e3o ser\u00e1 dif\u00edcil.<\/p>\n

Uma boa fotografia interpela?<\/strong>
\nSim, h\u00e1 fotografias que interpelam, mesmo em contextos diferentes de interpela\u00e7\u00e3o. Como exemplo recordo a fotografia dos anos 70 da crian\u00e7a vietnamita a correr nua a fugir do napalm, ou mais recente de um ato de humanidade ao ajudar um refugiado a sair das \u00e1guas do mar. Por interpela\u00e7\u00e3o art\u00edstica, as fotos que t\u00eam ilus\u00e3o de \u00f3tica ou imagens que t\u00eam muitas interpreta\u00e7\u00f5es interpelam pela curiosidade.<\/p>\n

A fotografia tem g\u00e9nero? Podemos falar de igualdade de g\u00e9nero quando fotografamos a realidade quotidiana. Ou h\u00e1 algo transformador no olhar do fot\u00f3grafo quando atr\u00e1s da objetiva est\u00e1 uma mulher ou um homem?<\/strong>
\nPara ser franco nunca pensei nisso, da\u00ed que nunca fiz essa distin\u00e7\u00e3o, somos todos seres humanos. Nas arruadas nunca aferi se haveria mais mulheres que homens, mas pareceu-me sempre que a participa\u00e7\u00e3o seria 50\/50. Mas como gosto mais de fotografar a natureza, a\u00ed n\u00e3o h\u00e1 g\u00e9neros. Mas espero nunca ser confrontado por colocar o masculino na foto \u201cO Rosto da Natureza\u201d, em vez do feminino em que deveria chamar \u201cA Face da Natureza\u201d \u2026<\/p>\n

A fotografia faz sonhar\u2026 \u00c9 um instante irrepet\u00edvel?<\/strong>
\nNem a prop\u00f3sito falar na fotografia \u201cO Rosto da Natureza\u201d e a seguir ser questionado sobre sonhos e instantes irrepet\u00edveis. \u00c9 uma fotografia que reflete isso mesmo, fazer sonhar pelas in\u00fameras interpreta\u00e7\u00f5es que tem e o instante em que foi captada, pois a natureza seguiu o seu curso e j\u00e1 n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel v\u00ea-la como foi captada. De facto, a fotografia faz sonhar e torna instantes irrepet\u00edveis.
\nAo percorrer as ruas para fotografar a vida quotidiana em espa\u00e7os p\u00fablicos, na chamada fotografia de rua, em que medida essa fotografia \u00e9 uma invas\u00e3o da privacidade das pessoas an\u00f3nimas.
\nEssa \u00e9 uma quest\u00e3o que me confrontei comigo pr\u00f3prio por v\u00e1rias vezes, quando participei nas arruadas: at\u00e9 que ponto posso fotografar um transeunte que vai na sua pacata vida? Qual a finalidade dessa fotografia? Acho que a resposta est\u00e1 mesmo na \u00faltima quest\u00e3o, qual a finalidade! Lembro-me de que na d\u00e9cada de 90 ao abrir um jornal nacional, l\u00e1 estava eu numa feira de tasquinhas\u2026 estava acompanhado e n\u00e3o havia mais ningu\u00e9m. O rep\u00f3rter poderia ter perguntado se poderia fazer a fotografia dado que est\u00e1vamos s\u00f3 duas pessoas, at\u00e9 teria feito uma pose e n\u00e3o ficar curvado a petiscar \u00e0 mesa. N\u00e3o o fez porque legalmente o podia fazer\u2026 e se eu n\u00e3o queria ser visto com aquela companhia? Que implica\u00e7\u00e3o poderia ter na minha vida pessoal? \u00c9 uma reflex\u00e3o que deve ser feita por quem faz esse g\u00e9nero de fotografia, que diga-se, \u00e9 pura arte, mas, e se fosse quem tira a fotografia a ser fotografado? Gostava que lhe fizessem o mesmo? Abordo desta forma em jeito de reflex\u00e3o, n\u00e3o que tenha nada contra, ali\u00e1s, j\u00e1 fiz o mesmo anteriormente, s\u00f3 que, se um dia fizer uma exposi\u00e7\u00e3o sobre rostos e express\u00f5es, uma coisa \u00e9 certa, ser\u00e1 com pessoas que deram autoriza\u00e7\u00e3o. Ali\u00e1s, at\u00e9 tenho uma fotografia premiada com um rosto de uma senhora \u00e0 janela, com a devida autoriza\u00e7\u00e3o. Resumindo, \u00e9 uma linha t\u00e9nue que separa o que \u00e9 invas\u00e3o de privacidade ou n\u00e3o, mas fica ao crit\u00e9rio de cada um essa reflex\u00e3o.<\/p>\n

A fotografia \u00e9 uma esp\u00e9cie de solid\u00e3o\u2026 ou pelo contr\u00e1rio a fotografia pretende evidenciar o desconhecido aos olhos dos cidad\u00e3os comuns?<\/strong>
\nComo abordei todas as quest\u00f5es na perspetiva pessoal, respondo novamente pela minha experi\u00eancia, que sempre se resumiu ao estado de esp\u00edrito ao longo dos anos. Houve momentos que procurava essa solid\u00e3o. Fotografava e inventava hist\u00f3rias como se fizesse o filme da minha vida. Noutros momentos fotografava em grupo ou apenas com amigos. Em ambas as situa\u00e7\u00f5es o intuito de partilhar as fotografias \u00e9 evidenciar o que possa eventualmente ser desconhecido ou apenas mostrar o nosso olhar, pelo menos \u00e9 esse o aspeto que me tenho dedicado nos \u00faltimos anos, ao fotografar as formas da natureza.<\/p>\n

Carlos Cruchinho<\/a><\/p>\n

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