{"id":29709,"date":"2023-09-13T11:47:30","date_gmt":"2023-09-13T15:47:30","guid":{"rendered":"https:\/\/revistamar.com\/?p=29709"},"modified":"2023-09-26T15:00:48","modified_gmt":"2023-09-26T19:00:48","slug":"o-recanto-de-mona-lisa","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/revistamar.com\/mundo\/turismo\/o-recanto-de-mona-lisa\/","title":{"rendered":"O recanto de Mona Lisa"},"content":{"rendered":"
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Quem diria que a pintura mais famosa do planeta, a Gioconda, pintada por Leonardo da Vinci, sempre cercada por mist\u00e9rios e d\u00favidas, chegasse \u00e0 sua mais interessante revela\u00e7\u00e3o? Naturalmente era de se esperar que em algum momento a sua identidade seria trazida \u00e0 luz das revela\u00e7\u00f5es, pois um sem n\u00famero de estudiosos sempre esteve debru\u00e7ado sobre o manto de incompreens\u00e3o que a cobriu ao longo dos s\u00e9culos.<\/strong><\/p>\n Por que o famoso artista (e especialista em tantas outras \u00e1reas, portanto um pol\u00edmata) n\u00e3o deixou qualquer claro registro que contasse \u00e0 posteridade a identidade da Gioconda ou mais popularmente conhecida como Mona Lisa? A resposta, nunca simples, nos obriga a estudar um pouco os comportamentos de Leonardo, pois a sua introvers\u00e3o e o seu jeito pr\u00f3prio de fazer as coisas, al\u00e9m do esp\u00edrito enigm\u00e1tico, talvez o tenham levado a encobrir o fundo de suas obras com o v\u00e9u m\u00e1gico dos segredos, deixando t\u00e3o somente \u00e0 vista a superf\u00edcie dos rostos e lugares que compunham suas telas.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Um verdadeiro quebra-cabe\u00e7as sempre a provocar os mais interessados em descobrir cada detalhe de seu precioso patrim\u00f4nio art\u00edstico, promovendo-lhe a constante fama com que o fez chegar \u00e0 contemporaneidade mais conhecido e mais valioso do que quando era vivo desde Vinci, Floren\u00e7a e Mil\u00e3o, por exemplo. Mas eis que, vez por outra, abre-se o zeloso cadeado do sigilo e o engenho humano salta cofre afora em reluzentes tesouros a se mostrarem em sua autenticidade e brilho.<\/p>\n A modelo que posou ent\u00e3o para Leonardo era a jovem Bianca Giovanna Sforza, de modestos catorze anos, idade com a qual deixou o mundo em suposto envenenamento, pouqu\u00edssimo tempo depois de ter se casado com o nobre Galeazzo Sanseverino e de ter tido o reconhecimento e a legitimidade de seu pai, Ludovico Sforza (o duque de Mil\u00e3o e tamb\u00e9m conhecido por Il Moro), haja vista ser filha ileg\u00edtima (era a mais velha). O seu retrato, que lhe d\u00e1 a apar\u00eancia mais velha, foi produzido alguns anos depois de sua morte.<\/p>\n Ludovico Sforza era o filho de Francisco Sforza, o duque de Mil\u00e3o anterior que reconstruiu o magn\u00edfico e imenso castelo Sforzesco, no s\u00e9culo XV, garantindo \u00e0 sucess\u00e3o familiar o poder que detinha econ\u00f4mica e militarmente. Il Moro era n\u00e3o apenas um herdeiro, mas um homem inteligente e sens\u00edvel (al\u00e9m do perfil combativo moldado naquele contexto) voltado devotamente \u00e0s artes, cujos patroc\u00ednios chegaram a alguns artistas de renome. Leonardo da Vinci muito bebeu dessa fonte com o seu trabalho.<\/p>\n N\u00e3o obstante \u00e0s surpreendentes descobertas que descortinavam a jovem no centro da obra, ainda surgiu novo desafio ao caso. S\u00f3 que se tratou de descobrir que lugar estampa-se ao fundo do ainda enigm\u00e1tico quadro. Ent\u00e3o novos turnos de dedicada pesquisa se puseram em marcha ao longo dos \u00faltimos anos, envolvendo a investigadora Carla Glori, Andrea Baucon, da Universidade de G\u00eanova e Gerolamo lo Russo, do Museu de Hist\u00f3ria natural de Piacenza.<\/p>\n <\/p>\n