{"id":29750,"date":"2023-12-06T11:11:19","date_gmt":"2023-12-06T16:11:19","guid":{"rendered":"https:\/\/revistamar.com\/?p=29750"},"modified":"2023-12-06T11:18:55","modified_gmt":"2023-12-06T16:18:55","slug":"tony-de-sousa","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/revistamar.com\/amar\/entrevistas\/tony-de-sousa\/","title":{"rendered":"Tony de Sousa"},"content":{"rendered":"

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Tony De Sousa (\u202026 de maio de 2021, Mississauga) nasceu em Toledo, vila do concelho da Lourinh\u00e3 no distrito Lisboa, a 7 de junho de 1957, onde cresceu at\u00e9 cerca dos 6 anos, mudando-se com os seus pais para Torres Vedras, a \u201ccidade grande\u201d como gostava de contar, onde viveu at\u00e9 aos 13 anos.<\/strong><\/p>\n

Em 1970, Tony e os seu pais imigraram para Toronto, Canad\u00e1 e rapidamente procurou trabalho. Foi a fam\u00edlia Mirvish que lhe deu o primeiro emprego no Royal Alexander Theatre e onde chegou a ser “head usher” (chefe) do teatro.<\/p>\n

Foi em Toronto que Tony De Sousa conheceu aquela que viria a ser sua esposa, Lu\u00edsa, tendo-se casado a 14 de janeiro de 1978. No mesmo ano mudaram-se para Mississauga.<\/p>\n

Tony e Lu\u00edsa foram pais da sua \u00fanica filha, Michelle, em 1980, com a qual estivemos \u00e0 conversa nesta edi\u00e7\u00e3o sobre este reconhecimento comunit\u00e1rio a Tony De Sousa. Michelle casou com Bruno De Pinho em 2002 e foram pais da Jessica em 2008.<\/p>\n

Atrav\u00e9s de familiares, entre os anos 80 e 90, Tony De Sousa inicia aquela que viria a ser uma vida dedicada ao voluntariado quando come\u00e7a a frequentar o Centro Cultural Portugu\u00eas de Mississauga (CCPM). Depois de ter passado pela portaria e de ter tido o cargo de diretor do bar, em 2006 \u00e9 convidado para vice-presidente pelo ent\u00e3o eleito presidente do CCPM, Gilberto Moniz \u2013 cargo que despenhou por 9 anos.<\/p>\n

Em 2015, Tony De Sousa concorre e vence as elei\u00e7\u00f5es para presidente do CCPM. Durante os cerca de 6 anos da sua presid\u00eancia, Tony deu continuidade ao que tinha herdado das dire\u00e7\u00f5es anteriores com o objetivo de melhorar o que existia e proporcionar coisas novas e diferentes aos s\u00f3cios.<\/p>\n

Dos quase 40 anos dedicados \u00e0 comunidade, como presidente do CCPM, Tony De Sousa esteve envolvido em v\u00e1rios projetos: o primeiro Arraial do CCPM; evento virtual ao vivo no Facebook chamado Lembran\u00e7as do CCPM durante a pandemia; o hastear da bandeira portuguesa pela primeira vez na C\u00e2mara Municipal de Mississauga pelo Dia de Portugal; Guinness World Record, etc…<\/p>\n

Como presidente, Tony De Sousa entregou v\u00e1rios Community Spirit Awards a individualidades da comunidade portuguesa que se destacaram no mundo pol\u00edtico, empresarial ou filantropia.<\/p>\n

No dia 4 de novembro, coube a Jorge Mouselo e Ricardo Santos, atual presidente e vice-presidente respetivamente do CCPM, distinguirem Tony De Sousa com o CCPM Community Spirit Award por todo o servi\u00e7o comunit\u00e1rio prestado ao CCPM e outras organiza\u00e7\u00f5es. Distin\u00e7\u00e3o esta que foi entregue \u00e0 sua filha Michelle De Pinho.<\/p>\n

Parab\u00e9ns Tony De Sousa e\u2026 o nosso eterno bem-haja!<\/p>\n

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Revista Amar: Michelle, conte-nos um pouco da hist\u00f3ria do teu pai, Tony De Sousa\u2026<\/strong>
\nMichelle De Pinho:<\/strong> O meu pai nasceu em 1957, numa vila pequenina chamada Toledo, no concelho da Lourinh\u00e3, onde viveu com os pais at\u00e9 aos cinco, seis anos. Depois, como ele costumava dizer, mudaram-se para a \u201ccidade grande\u201d Torres Vedras (risos), onde viveram at\u00e9 ele ter 13 anos. Em 1970, ele e os pais vieram para aqui, para Toronto e come\u00e7ou logo \u00e0 procura de trabalho e foi trabalhar para o Royal Alexander Theatre, para a fam\u00edlia Mirvish\u2026 para quem n\u00e3o sabe quem \u00e9, eles eram tamb\u00e9m os donos do Honest Ed e chegou a head usher (chefe) do teatro. Entretanto, o meu tio, irm\u00e3o do meu pai, abriu uma padaria, a Sousa\u00b4s Bakery e ele foi trabalhar para l\u00e1. O meu pai e a minha m\u00e3e, Lu\u00edsa conheceram-se em Toronto e em 1978 casaram e mudaram-se para Mississauga\u2026 e eu \u201ccheguei\u201d em 1980. Em 1987, os meus pais decidiram abrir uma companhia de jardinagem.<\/p>\n

RA: Quando \u00e9 que o Tony se come\u00e7ou a envolver com o Centro Cultural Portugu\u00eas de Mississauga (CCPM)?<\/strong>
\nMDP:<\/strong> O meu pai e a minha m\u00e3e come\u00e7aram a envolver-se entre os anos 80 e 90. Os tios da minha m\u00e3e eram diretores do CCPM, ainda na Dixie Road e foram eles que os puxaram umas poucas de vezes, mas era dif\u00edcil para eles porque quando eu era pequenina, eu n\u00e3o queria ir.<\/p>\n

RA: N\u00e3o adiantou muito\u2026<\/strong>
\nMDP:<\/strong> N\u00e3o\u2026 (risos) mas em 1996, come\u00e7\u00e1mos a vir mais vezes e foi nesse ano que eles se envolveram mais. A minha m\u00e3e foi chamada para vice-secret\u00e1ria e o meu pai ficou a diretor \u2013 ele e o sr. C\u00e2mara eram respons\u00e1veis pelas entradas aos s\u00e1bados \u00e0 noite, e o meu pai depois da entrada ia para o bar. Entretanto, a minha m\u00e3e foi para tesoureira e eu fiquei a vice-secret\u00e1ria com a Angie C\u00e2mara<\/p>\n

RA: Quando o Tony se envolveu, foi porque a fam\u00edlia o puxou ou ele tinha aquela vontade de fazer voluntariado?<\/strong>
\nMDP:<\/strong> Foi por vontade dele\u2026 ele tinha prazer, orgulho em trabalhar no CCPM. Ele era muito hospitaleiro e tinha tido uma vida de hospitalidade quando trabalho no Royal Alexander Theater e por isso ele adorava o CCPM.
\nRA: Tinha dito que n\u00e3o gostava de acompanhar os seus pais, mas acabou por se envolver. Foi o Tony que incutiu esse gosto pelo voluntariado, neste caso, no CCPM?
\nMDP: Quando era mais pequena, era rabugenta e n\u00e3o queria ir para o CCPM, mas depois com 13, 14, 15 anos j\u00e1 queria ir\u2026 j\u00e1 era mais entendida e comecei a gostar. Claro que foi porque ele e a minha m\u00e3e tamb\u00e9m vinham\u2026 eles \u00e9 que me trouxeram – uma vez, duas vezes, tr\u00eas s\u00e1bados seguidos e comecei a fazer amigos. Entretanto eles incentivaram-me a concorrer para Miss CCPM e concorri em 1996 e nesse tempo era vice-secret\u00e1ria. Depois entrei no grupo da Juventude onde desempenhei o cargo de secret\u00e1ria, tesoureira e vice-presidente.<\/p>\n

RA: Como via o facto do seu pai passar muito tempo no CCPM? Ou seja, alguma vez pensou \u201cpara passar tempo com o meu pai tenho que estar com ele no CCPM\u201d ou o tempo dedicado ao voluntariado era uma coisa natural?<\/strong>
\nMDP:<\/strong> N\u00e3o, nunca pensei assim, porque eu tamb\u00e9m gostava de fazer voluntariado.<\/p>\n

RA: Antes de concorrer a presidente do CCPM, que cargos desempenhou o Tony no clube? E em que ano \u00e9 que o Tony decidiu concorrer a presidente?<\/strong>
\nMDP:<\/strong> Ele come\u00e7ou na porta e, entretanto, foi para o bar e esteve como diretor do bar durante um tempo. Quando o Gilberto Diniz foi eleito presidente, em 2006, ele chamou o meu pai para vice-presidente dele, cargo que ele teve durante 9 anos. O meu pai concorreu em 2015 e foi eleito presidente.<\/p>\n

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RA: E o que \u00e9 que a Michelle via e aprendeu a ver o Tony a trabalhar para o CCPM e para os s\u00f3cios? O que \u00e9 que acha que aprendeu com ele?<\/strong>
\nMDP:<\/strong> Eu via o orgulho que ele tinha\u2026 a hospitalidade com que recebia todos, o orgulho em dar continuidade do sucesso da casa. Ele adorava estar aqui, adorava falar com toda a gente\u2026 n\u00f3s brinc\u00e1vamos muito com ele a dizer que ele nunca jantava com connosco aos s\u00e1bados porque ele andava pelo CCPM, mas ele andava a fazer liga\u00e7\u00f5es com as pessoas: com um s\u00f3cio, com um diretor ou um fornecedor que estivesse por l\u00e1\u2026 e, durante o tempo dele, foi o que fez a casa. E, ao ver aquela dedica\u00e7\u00e3o dele deu-me mais vontade de trabalhar na restaura\u00e7\u00e3o com ele…<\/p>\n

RA: O Tony e a Michelle abriram um restaurante?<\/strong>
\nMDP:<\/strong> N\u00e3o\u2026 eu queria abrir um restaurante com ele\u2026 esse era o plano! Eu vi e aprendi como ele era hospitaleiro\u2026 o carisma que ele tinha, vi desde que eu era pequenina! O carinho que ele tinha pelas pessoas e como ele lidava com elas\u2026 foram todas estas raz\u00f5es que me levaram a trabalhar na restaura\u00e7\u00e3o aos 17 anos.<\/p>\n

RA: Que legado deixou o Tony De Sousa?<\/strong>
\nMDP:<\/strong> Na vida pessoal\u2026 Respeito e Honra. No CCPM, o grupo da Juventude\u2026 ele adorava a juventude!!! Ele fazia de tudo para cultivar a juventude, para estar com eles. \u00c0s vezes, durante a noite, ele passava mais tempo com a juventude do que passava com os pr\u00f3prios pais deles e outros adultos. Ele tem um lugar no cora\u00e7\u00e3o deles (juventude) que se reflete pelo carinho que eles t\u00eam agora pelo clube.<\/p>\n

RA: Na sua opini\u00e3o, dos quase 6 anos de presid\u00eancia do Tony, o que \u00e9 que marcou mais o CCPM?<\/strong>
\nMDP:<\/strong> Acho que ele fez muitas coisas. Ele deu continuidade a muitas coisas e fez outras. Por exemplo, a Noite de Marisco virou um marco do CCPM\u2026 j\u00e1 existia, mas com ele ficou de um tamanho que no ano de 2019 para 2020 ele teve que p\u00f4r uma segunda data para mar\u00e7o 2020, porque a primeira esgotou. Infelizmente, ele j\u00e1 n\u00e3o conseguiu fazer a segunda por causa do Covid-19. Foi o meu pai que organizou o primeiro Arraial Anual do CCPM no parque de estacionamento. Tamb\u00e9m foi na presid\u00eancia dele e com o trabalho da dire\u00e7\u00e3o dele que a bandeira portuguesa foi hasteada pela primeira vez na C\u00e2mara Municipal de Mississauga, no Dia de Portugal. Foi, durante o Covid-19, que come\u00e7aram as conversas entre o meu pai e o Andrew C\u00e2mara para o Guinness World Record. Ainda durante o Covid-19 o meu pai, o Jos\u00e9 H\u00e9lio, o Andrew C\u00e2mara, entre outros fizeram um evento virtual ao vivo no Facebook chamado “Lembran\u00e7as do Centro Cultural Portugu\u00eas de Mississauga”. Ele fez tantas coisas\u2026 no outro dia estive a ver uma entrevista que ele deu, onde disse que quando ele entrou no clube n\u00e3o apreciava a Noite de Fado…<\/p>\n

RA: \u2026 ele n\u00e3o gostava de Fado?<\/strong>
\nMDP:<\/strong> No princ\u00edpio n\u00e3o, mas com a continua\u00e7\u00e3o da Noite de Fado e depois na presid\u00eancia dele, ele trouxe certos fadistas ao CCPM que estavam a come\u00e7ar a carreira e come\u00e7ou a apreciar. Quando o meu pai faleceu, era uma coisa de que ele tinha tanto orgulho\u2026 organizar a Noite de Fado, escolher os fadistas que vinham e passar tempo com eles.<\/p>\n

RA: \u00c9 caso para dizer que foi o CCPM que fez o Tony gostar de Fado… o clube ensinou o seu pai a gostar de fado?<\/strong>
\nMDP:<\/strong> Sim, sem d\u00favida! E ele adorava trazer os fadistas ao CCPM e depois andar com eles um bocadinho, um dia ou dois antes de eles irem embora. Ele teve um grande orgulho do mural da Am\u00e1lia Rodrigues que foi feito na parede do clube… isso foi ele tamb\u00e9m.<\/p>\n

RA: Voltando a falar em juventude\u2026 a sua filha, Jessica, tamb\u00e9m faz parte do CCPM.<\/strong>
\nMDP:<\/strong> Sim, est\u00e1 no grupo da Juventude e anda no Rancho Folcl\u00f3rico do Centro Cultural Portugu\u00eas de Mississauga.<\/p>\n

RA: Que \u00e9 que acha que o Tony diria a ver a neta t\u00e3o envolvida no CCPM?<\/strong>
\nMDP:<\/strong> Isso ent\u00e3o n\u00e3o se fala\u2026 era uma coisa que ele quis sempre. A Jessica nasceu \u00e0 noite e se n\u00e3o foi nessa noite, foi no dia seguinte (riso) que ele mesmo a fez s\u00f3cia do CCPM\u2026 ela ficou s\u00f3cia com 24 horas! (risos) Ele gostava que n\u00f3s tiv\u00e9ssemos no clube, que ela estivesse no clube. Ela ainda era beb\u00e9 e j\u00e1 frequentava o clube, a dormir no carrinho ou na cadeirinha durante os bailes. Quando a Jessica ainda era pequenininha – com um 1 e meio, 2 anos – e ouvia a m\u00fasica do rancho punha-se logo em p\u00e9 na cadeira ou a puxar a cabe\u00e7a para cima para os ver a dan\u00e7ar e o meu pai ficou todo contente, todo orgulhoso e come\u00e7ou a dizer-me \u201cOh, ela vai para o rancho!\u201d e eu respondi \u201cTu est\u00e1s doido? Eu n\u00e3o tenho tempo para isso. Eu n\u00e3o tenho tempo para o rancho, nem de estar aqui\u2026 depois de trabalhar no restaurante 10, 12 horas por dia, n\u00e3o temos tempo estar aqui.\u201d, mas ele disse sempre que \u201cquando chegar a hora, n\u00f3s estamos c\u00e1 e ela vem.\u201d. E assim foi, ele \u00e9 que se aproximou da Angie C\u00e2mara e disse que estava na altura da Jessica entrar no rancho e encomendaram a roupa toda. Ela entrou com 5 ou 6 anos no rancho e ele chegou a v\u00ea-la a dan\u00e7ar muitas vezes. E quando o CCPM come\u00e7ou a escola portuguesa, a Jessica tamb\u00e9m foi a primeira aluna a ser inscrita por ele e ando at\u00e9 ao ano passado. Agora ela tamb\u00e9m est\u00e1 envolvida no grupo do Juventude. A Jessica anda no Liceu e, na escola dela, no ano passado esteve envolvida numa noite multicultural com a comunidade portuguesa e este ano j\u00e1 est\u00e1 a dizer que ela \u00e9 que vai ficar \u00e0 frente daquilo e que a vai planear para este ano.<\/p>\n

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RA: N\u00e3o h\u00e1 maior legado que esse\u2026 a fam\u00edlia dar continuidade ao amor que o Tony tinha pelo voluntariado e pelo CCPM. Raz\u00e3o pelo qual o Tony recebeu o CCPM – Community Spirit Award. Como receberam a not\u00edcia da nomea\u00e7\u00e3o?<\/strong>
\nMDP:<\/strong> N\u00f3s fic\u00e1mos surpresos\u2026 o presidente, Jorge Mouselo, falou com a minha m\u00e3e primeiro e ela disse logo que n\u00e3o, porque ela n\u00e3o queria passar por isto, ou seja, dar entrevistas, subir ao palco para discursar e estar no centro das aten\u00e7\u00f5es. Depois ela contou-me o que o Jorge queria fazer e a opini\u00e3o dela, mas eu discordei com ela e disse-lhe que sim, que tinha que ser feito e se o Jorge queria o fazer, n\u00f3s \u00edamo-lo fazer, que assim ele ia ficar na hist\u00f3ria para sempre e escrito nos livros do CCPM. Como ela n\u00e3o se queria expor, eu disse-lhe que o fazia e c\u00e1 estou, n\u00e3o \u00e9 f\u00e1cil, mas estou aqui!… E eu fiquei muito contente! Durante a pandemia as pessoas n\u00e3o puderam aproximar-se para falar e fechar o cap\u00edtulo e penso que com esta homenagem, vamos conseguir faz\u00ea-lo!<\/p>\n

RA: Conhecendo o seu pai como conhecia, o que \u00e9 que acha que ele diria a esta homenagem?<\/strong>
\nMDP:<\/strong> Ele ia gostar! Ele ia ficar contente, mas ele nunca fez as coisas pelo reconhecimento… para receber uma placa ou uma est\u00e1tua. Ele fazia as coisas porque ele gostava\u2026 por amor! Por amor ao clube, \u00e0 organiza\u00e7\u00e3o, aos seus diretores, \u00e0s pessoas que j\u00e1 passaram por l\u00e1 em festas, os fadistas\u2026 por tudo. Ele iria ficar contente e orgulhoso, mas n\u00e3o era uma coisa que ele precisasse para validar tudo o que fez pelo CCPM.<\/p>\n

RA: Dos planos que o Tony tinha para o CCPM, quais j\u00e1 se realizaram? <\/strong>
\nMDP:<\/strong> Eu acho que os que eram mais acess\u00edveis j\u00e1 foram, praticamente, todos realizados\u2026 o Jorge tem dado continuidade aos planos como, por exemplo, trazer o hastear da bandeira portuguesa no Dia de Portugal para o clube, o Guinness World Record, o arraial, etc.. Mas ele tinha outras ideias, sonhos\u2026 um deles era aumentar as instala\u00e7\u00f5es do clube e outro era fazer um lar da terceira idade para os s\u00f3cios. Fazer outra vez uma equipa de futebol, n\u00f3s antigamente t\u00ednhamos equipas de futebol masculino e feminino – eu tamb\u00e9m joguei na altura, mas depois acabou.<\/p>\n

RA: O que \u00e9 que a Michelle gostaria de dizer ao seu pai?<\/strong>
\nMDP:<\/strong> Que n\u00f3s estamos bem\u2026 emocionalmente, os nossos cora\u00e7\u00f5es n\u00e3o est\u00e3o bem\u2026 e nunca v\u00e3o estar! O vazio na nossa fam\u00edlia nunca vai ser preenchido, mas neste pequeno per\u00edodo que passou conform\u00e1mo-nos com o que poder\u00edamos ou n\u00e3o ter feito, apesar de n\u00e3o termos tido a oportunidade de procurar op\u00e7\u00f5es pois ele passou de uma pessoa saud\u00e1vel, que nem apanhava uma constipa\u00e7\u00e3o, para em 3 meses acontecer o que aconteceu e tivemos muito pouco tempo para nos preparar, para lidar com a doen\u00e7a. Pessoalmente e profissionalmente tivemos que lidar com muita coisa e \u00e9 por isso que digo que estamos bem, pois j\u00e1 enfrent\u00e1mos momentos muito escuros, mas enfrent\u00e1mo-los unidos e super\u00e1mo-los at\u00e9 \u00e0 pr\u00f3xima e depois voltaremos a enfrent\u00e1-los e a super\u00e1-los\u2026 e assim vamos continuar. Gostaria que ele soubesse que estamos bem\u2026 sei que n\u00e3o somos os primeiros e nem vamos ser os \u00faltimos, mas dado como as coisas aconteceram, estamos bem!<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

  Tony De Sousa (\u202026 de maio de 2021, Mississauga) nasceu em Toledo, vila do concelho da Lourinh\u00e3 no distrito Lisboa, a 7 de junho de 1957, onde cresceu at\u00e9 cerca dos 6 anos, mudando-se com os seus pais para Torres Vedras, a \u201ccidade grande\u201d como gostava de contar, onde viveu at\u00e9 aos 13 anos. …<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":29751,"comment_status":"closed","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[8],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/revistamar.com\/wp-content\/uploads\/2023\/12\/wewew.jpg","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/29750"}],"collection":[{"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=29750"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/29750\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/media\/29751"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=29750"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=29750"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=29750"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}