{"id":29756,"date":"2023-12-06T11:17:01","date_gmt":"2023-12-06T16:17:01","guid":{"rendered":"https:\/\/revistamar.com\/?p=29756"},"modified":"2023-12-06T11:18:08","modified_gmt":"2023-12-06T16:18:08","slug":"angie-camara","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/revistamar.com\/amar\/entrevistas\/angie-camara\/","title":{"rendered":"Angie C\u00e2mara"},"content":{"rendered":"

\"werre\"<\/p>\n

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Angie C\u00e2mara nasceu a 14 de setembro de 1955 em \u00c1gua d\u2019Alto, concelho de Vila Franca do Campo, na ilha de S\u00e3o Miguel, A\u00e7ores. \u00c9 m\u00e3e das g\u00e9meas Pauline e Angie e de Andrew. Angie C\u00e2mara tem 2 netas. A filha Pauline, casada com Jamie Zambrano, s\u00e3o pais da Sofia e da Olivia. Em 2013, Angie C\u00e2mara perdeu o marido, Jos\u00e9 Fernando C\u00e2mara, com quem casou em setembro de 1974. O C\u00e2mara, como era e ainda \u00e9 conhecido, faleceu v\u00edtima de doen\u00e7a em 2013.<\/strong><\/p>\n

Depois do seu casamento e ainda no m\u00eas de setembro de 1974, Angie e o marido imigraram para o Canad\u00e1 e assentaram ra\u00edzes na \u00e1rea de Streetville, Mississauga, \u00e1rea onde vive at\u00e9 hoje. Angie C\u00e2mara sentiu as dificuldades da imigra\u00e7\u00e3o quando chegou, mas rapidamente se adaptou.<\/p>\n

O voluntariado entra na vida de Angie C\u00e2mara por acaso, mas desde que decidiu levar o filho para a escola portuguesa no Centro Cultural Portugu\u00eas em Mississauga \u2013 ainda na Dixie Road \u2013 nunca mais parou. H\u00e1 quase 40 anos come\u00e7ou como vice-tesoureira. Em 1996, assumiu o cargo de secret\u00e1ria, que mantem at\u00e9 hoje. Em 2000, assume tamb\u00e9m o cargo de diretora do Rancho Folcl\u00f3rico do Centro Cultural Portugu\u00eas de Mississauga \u2013 para sua alegria, pois o seu sonho de crian\u00e7a era dan\u00e7ar, mas a “minha m\u00e3e n\u00e3o deixava.\u201d. Al\u00e9m do cargo de diretora, Angie ainda faz parte do grupo de cantadores do rancho e \u00e9 com muito orgulho que v\u00ea o filho e as netas envolvidos no mesmo rancho.<\/p>\n

40 anos de dedica\u00e7\u00e3o e sacrif\u00edcios pessoais pela sua \u201csegunda casa\u201d, amor e paix\u00e3o pela divulga\u00e7\u00e3o da cultura e tradi\u00e7\u00f5es portuguesas s\u00e3o motivos mais do que suficientes para receber o PCCM Community Spirit Award.
\nParab\u00e9ns Angie C\u00e2mara pelo servi\u00e7o comunit\u00e1rio prestado \u00e0 comunidade portuguesa.<\/p>\n

\"wewe\"<\/p>\n

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Revista Amar: Angie, conte-nos um pouco de si…<\/strong>
\nAngie C\u00e2mara:<\/strong> Nasci em S\u00e3o Miguel, na freguesia de \u00c1gua d’Alto, concelho de Vila Franca do Campo. Vim para c\u00e1, para o Canad\u00e1, em setembro de 1974. Casei l\u00e1, no princ\u00edpio de setembro e vim nos fins de setembro e sou a mais velha de tr\u00eas irm\u00e3s e tenho tr\u00eas filhos. Quando cheguei, o meu marido, Jos\u00e9 Fernando C\u00e2mara, mas que todos conhecem s\u00f3 por C\u00e2mara, mandou-me logo para a escola para que eu aprendesse o Ingl\u00eas (riso), tive sorte que a professora era espanhola\u2026 o que facilitou tudo! Tenho 3 filhos: as minhas filhas mais velhas s\u00e3o g\u00e9meas, a Pauline e a Angie e o mais novo \u00e9 o Andrew. Tenho 2 netas, a Sofia e a Olivia, filhas da minha filha Pauline. Sou vi\u00fava\u2026 infelizmente, o C\u00e2mara faleceu h\u00e1 10 anos.<\/p>\n

RA: Como foi a adapta\u00e7\u00e3o?<\/strong>
\nAC:<\/strong> Foi uma fase muito dif\u00edcil para mim\u2026 sendo a mais velha de tr\u00eas filhas e sair daquele ambiente familiar n\u00e3o foi f\u00e1cil, mas encontrei aqui outra fam\u00edlia, que era a fam\u00edlia do meu marido. Eles eram oito: dois vivem nos Estados Unidos e seis vivem aqui. E pronto, agreguei-me \u00e0quela fam\u00edlia.<\/p>\n

RA: Que passou a ser a sua fam\u00edlia.<\/strong>
\nAC:<\/strong> Sim, \u00e9 a minha fam\u00edlia de c\u00e1. Depois, em 1977, tive as minhas filhas g\u00e9meas. Como deves calcular, foi uma fase dif\u00edcil tamb\u00e9m, porque tinha logo duas crian\u00e7as de uma vez para criar\u2026 se tivesse tido primeiro uma crian\u00e7a e depois as duas, j\u00e1 tinha mais pr\u00e1tica e seria mais f\u00e1cil, mas enfim, Deus \u00e9 que comanda, n\u00e3o sou eu. Nove anos mais tarde tivemos o Andrew que veio para nos dar ainda mais alegria, pois o C\u00e2mara queria um menino.<\/p>\n

RA: E em que altura \u00e9 que come\u00e7a a envolver-se no Centro Cultural Portugu\u00eas de Mississauga (CCPM)? E porqu\u00ea?<\/strong>
\nAC:<\/strong> Quando cheguei c\u00e1, o meu marido, j\u00e1 andava a fazer voluntariado na Igreja de S\u00e3o Jos\u00e9, na Durie Road, aqui na Streetsville, Mississauga. Ele e outros volunt\u00e1rios angariaram fundos e trouxeram de Portugal uma imagem da Nossa Senhora de F\u00e1tima e come\u00e7aram a fazer as festas da Nossa Senhora da Boa Viagem\u2026 mas isto j\u00e1 foi h\u00e1 muitos anos. Eles faziam uma festa religiosa enorme na Vic Johnston Arena com prociss\u00e3o a sair da Queen Street. Faziam a festa religiosa t\u00edpica de l\u00e1. Depois decidiu angariar mais fundos para comprar uma imagem de S\u00e3o Jos\u00e9, porque a Igreja \u00e9 de S\u00e3o Jos\u00e9, como oferta dos paroquianos portugueses da Igreja de S\u00e3o Jos\u00e9. Quem se integrou primeiro no CCPM, ainda no pr\u00e9dio antigo na Dixie Road, foi o C\u00e2mara e eu fui atr\u00e1s. Para responder \u00e0 tua pergunta, n\u00e3o me lembro bem o ano, mas foi por causa do meu marido e a partir da\u00ed foi como uma bola de neve. Depois, eu sempre tive o desejo e o objetivo que as mo\u00e7as falassem portugu\u00eas, mas naquela altura n\u00e3o tinha possibilidades de as levar porque n\u00e3o t\u00ednhamos dois ve\u00edculos, mas quando o Andrew nasceu, o desejo e o objetivo eram para se concretizarem e decidi regist\u00e1-lo na escola portuguesa do CCPM. Por\u00e9m, da minha casa ao CCPM eram 20 a 25 minutos de carro, tr\u00eas vezes por semana… ora, eu ficava l\u00e1 \u00e0 espera do mo\u00e7o porque n\u00e3o me convinha vir para casa e comecei a pensar que a situa\u00e7\u00e3o assim n\u00e3o tinha jeito nenhum e decidi envolver-me enquanto esperava pelo Andrew. A partir da\u00ed comecei a envolver-me cada vez mais at\u00e9 ter cargos nas dire\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

RA: Lembra-se do primeiro cargo que teve?<\/strong>
\nAC:<\/strong> Recordo-me que eu passei por vice-tesoureira da Z\u00e9lia da Silva, que era a tesoureira. Em 1996 fui secret\u00e1ria, a Lu\u00edsa De Sousa vice-secret\u00e1ria, mas depois a Lu\u00edsa passou a tesoureira e a Michelle De Pinho passou a minha vice-secret\u00e1ria e desde ent\u00e3o que continuo a fazer secretariado.<\/p>\n

RA: E quando \u00e9 que o rancho entra na sua vida?<\/strong>
\nAC:<\/strong> O rancho s\u00f3 entrou na minha vida em 2000, mas o CCPM tinha o Rancho da Nazar\u00e9 e o Andrew dan\u00e7ava nesse rancho. Entretanto, o rancho dispersou-se e n\u00f3s quer\u00edamos continuar\u2026 recordo-me bem do Hor\u00e1cio Domingos, o padrinho do rancho, dirigir-se a mim a dizer \u201ccomo tu est\u00e1s a fazer o secretariado, podias ficar como diretora do rancho\u201d e assumi a responsabilidade de contactar os ranchos, de organizar os ranchos para virem para as nossas festas e para o Carassauga. E foi assim que me dediquei e me dedico de amor e com vontade a esta sec\u00e7\u00e3o que pertence a este centro\u2026<\/p>\n

RA: … porque diz com \u201camor\u201d?<\/strong>
\nAC:<\/strong> Porque dan\u00e7ar era uma coisa que eu adorava fazer quando era pequena, gostava muito e queria muito dan\u00e7ar, mas a minha m\u00e3e n\u00e3o deixava.<\/p>\n

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RA: Fazer parte do rancho \u00e9 a realiza\u00e7\u00e3o de um sonho?<\/strong>
\nAC:<\/strong> \u00c9! Um sonho de crian\u00e7a que eu adorava. Havia um rancho muito lindo em Vila Franca, mas a Sua Excel\u00eancia minha m\u00e3e n\u00e3o me deixou entrar no rancho.<\/p>\n

RA: Quantos anos tem de voluntariado no CCPM?<\/strong>
\nAC:<\/strong> Quase 40 anos!<\/p>\n

RA: E nesses 40 anos nunca se sentiu cansada? Ou, como diz o ditado, \u201cquem corre por gosto n\u00e3o cansa\u201d?<\/strong>
\nAC:<\/strong> \u00c9 assim… cansa\u00e7o h\u00e1, porque n\u00e3o \u00e9 f\u00e1cil fazer a vida de casa, os filhos e ainda ir para o CCPM fazer tudo o que \u00e9 preciso, mas como tu acabaste de dizer, quem corre por gosto n\u00e3o cansa, porque quando chegou ao CCPM deixou de estar cansada, pois sei o que tenho que fazer e entretanto ficou a rotina do meu dia a dia e se n\u00e3o venho ao clube, sinto falta.<\/p>\n

RA: O CCPM \u00e9 a sua segunda casa?<\/strong>
\nAC:<\/strong> \u00c9 a minha segunda casa!!! Mas, n\u00e3o \u00e9 s\u00f3 para mim, \u00e9 tamb\u00e9m para a minha fam\u00edlia.<\/p>\n

RA: Nestes anos de voluntariado, de tudo o que j\u00e1 fez pelo o CCPM e pela comunidade, o que \u00e9 que lhe d\u00e1 mais orgulho?<\/strong>
\nAC:<\/strong> Orgulho-me de promover a nossa cultura atrav\u00e9s desta casa e cada dia que eu passo aqui, sinto mais vontade de fazer mais e mais, porque \u00e9 muito gratificante.<\/p>\n

RA: Se pudesse voltar atr\u00e1s, mudava alguma coisa nestes 40 anos em rela\u00e7\u00e3o ao seu voluntariado? <\/strong>
\nAC:<\/strong> Eu n\u00e3o vejo nada que podia ter feito diferente, porque o que fiz foi dar horas ao CCPM porque eu gostava\u2026 s\u00f3 se tivesse aqui mais tempo. (risos)<\/p>\n

RA: O CCPM – Spirit Community Award, um pr\u00e9mio que normalmente reconhece indiv\u00edduos que se destacam no mundo empresarial, pol\u00edtico, etc., \u00e9 pela primeira vez entregue a volunt\u00e1rios da casa\u2026 a si e ao saudoso Tony de Sousa, ex-presidente do CCPM. Quando soube, o que \u00e9 que pensou?<\/strong>
\nAC:<\/strong> Quando soube que me iam atribuir este pr\u00e9mio, pensei que estavam a brincar porque o Spirit Community Award foi criado com um prop\u00f3sito e n\u00e3o acreditei, tanto que nunca levei a s\u00e9rio\u2026 at\u00e9 que, nas \u00faltimas semanas, o planeamento e os preparativos come\u00e7aram a acontecer.<\/p>\n

RA: Apesar desse prop\u00f3sito, n\u00e3o acha que o Spirit Community Award deveria ter come\u00e7ado a ser atribu\u00eddo a volunt\u00e1rios h\u00e1 mais tempo?<\/strong>
\nAC:<\/strong> \u00c9 assim\u2026 este evento \u00e9 um evento anual que traz muitos fundos para o CCPM. Quando a dire\u00e7\u00e3o pensa numa pessoa da comunidade a ser dinstinguida, n\u00e3o pensa s\u00f3 na pessoa, mas pensa no impacto que esta pessoa tem na comunidade e por acr\u00e9scimo tr\u00e1s um \u201crendimento\u201d para o CCPM que partilhamos com institui\u00e7\u00f5es sem fundos lucrativos, como a Luso, a Magellan, etc.\u2026 e isto foi sempre o prop\u00f3sito. O nosso presidente, Jorge Mouselo, que disse que j\u00e1 tinha isto em mente e no cora\u00e7\u00e3o h\u00e1 muito tempo, decidiu que este ano era a altura certa para o fazer. Nunca pensei que ele estivesse a falar a s\u00e9rio, mas acho que ele pensou bem, porque s\u00e3o anos da vida de uma pessoa passados aqui, dentro destas paredes sem esperar nada em troca… nada, nada, nada em troca. O Jorge tinha aquela vis\u00e3o, e a vis\u00e3o vai concretizar-se.<\/p>\n

RA: O seu filho tamb\u00e9m \u00e9 muito ativo no clube e na comunidade\u2026 isso \u00e9 motivo de orgulho.<\/strong>
\nAC:<\/strong> Muito orgulho. Ele desde pequeno que anda comigo a fazer voluntariado. Primeiro come\u00e7ou na escola, depois come\u00e7ou a dan\u00e7ar no rancho e andava sempre comigo\u2026 ele dormia em cima das toalhas e nas cadeiras\u2026 ele foi criado neste ambiente e nunca deixou. E, como sabem, o Andrew \u00e9 muito ativo na comunidade e tem prazer e orgulho de o fazer. Ele tamb\u00e9m tem paix\u00e3o pelo rancho.<\/p>\n

RA: \u00c9 um exemplo para a comunidade e para os jovens.<\/strong>
\nAC:<\/strong> \u00c9, mas h\u00e1 muitos jovens na nossa comunidade que t\u00eam a mesma paix\u00e3o e que desenvolvem certas atividades dentro das associa\u00e7\u00f5es, s\u00f3 que n\u00f3s dev\u00edamos ter mais jovens a fazer o mesmo, pois s\u00f3 assim \u00e9 que a cultura portuguesa nunca vai morrer.<\/p>\n

RA: Como volunt\u00e1ria h\u00e1 40 anos, que mensagem deixaria aos jovens?<\/strong>
\nAC:<\/strong> A minha mensagem para os jovens e para as gera\u00e7\u00f5es vindouras, \u00e9 que se envolvem nas associa\u00e7\u00f5es\u2026 pois v\u00e3o ver como \u00e9 gratificante andar dentro de uma associa\u00e7\u00e3o. As nossas vidas s\u00e3o beneficiadas, porque \u00e9 andar dentro de uma comunidade que nos diz respeito, aos nossos pais e av\u00f3s que aprendemos a dar valor ao que \u00e9 ser portugu\u00eas e s\u00f3 assim \u00e9 que podemos dar continuidade \u00e0 nossa cultura e tradi\u00e7\u00f5es aos nossos filhos e netos.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

  Angie C\u00e2mara nasceu a 14 de setembro de 1955 em \u00c1gua d\u2019Alto, concelho de Vila Franca do Campo, na ilha de S\u00e3o Miguel, A\u00e7ores. \u00c9 m\u00e3e das g\u00e9meas Pauline e Angie e de Andrew. Angie C\u00e2mara tem 2 netas. A filha Pauline, casada com Jamie Zambrano, s\u00e3o pais da Sofia e da Olivia. Em …<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":29757,"comment_status":"closed","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[8],"tags":[],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/revistamar.com\/wp-content\/uploads\/2023\/12\/werre.jpg","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/29756"}],"collection":[{"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=29756"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/29756\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/media\/29757"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=29756"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=29756"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=29756"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}