{"id":8580,"date":"2016-11-18T19:30:50","date_gmt":"2016-11-19T00:30:50","guid":{"rendered":"http:\/\/revistamar.com\/?p=8580"},"modified":"2016-11-18T19:30:50","modified_gmt":"2016-11-19T00:30:50","slug":"as-estorias-do-vinho-por-cristina-de-jesus","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/revistamar.com\/casa-animais\/culinaria-docaria\/as-estorias-do-vinho-por-cristina-de-jesus\/","title":{"rendered":"“As est\u00f3rias do vinho” por Cristina de Jesus"},"content":{"rendered":"

O<\/strong>\u00a0ritual est\u00e1 preparado.<\/p>\n

\"2\"<\/a>Mesa posta, guardanapos de pano preto, toalha adamascada preta, talheres em assimetria, copos de tamanho consider\u00e1vel, leves e de vidro fino para enaltecer o vinho.
\nOs pratos vieram das \u201cRotas da Cer\u00e2mica\u201d, mais propriamente de Caldas da Rainha, da t\u00e3o conhecida Bordalo Pinheiro.
\nUm entrecosto no forno \u00e0 alentejana,com um arroz de grelos, prato leve e de digest\u00e3o f\u00e1cil para enterrar uma longa semana de trabalho, \u00e9 o que os amigos v\u00e3o encontrar sobre a mesa. Para regar este prato temos Mem\u00f3ria Grande Escolha, do meu amigo e en\u00f3logo Rodrigo Martins.<\/p>\n

\"3\"<\/a>
\nO queijo ch\u00e9vre beija uma rodelita de tomate, que se encontra deitada numa fatia de p\u00e3o alentejano, e que depois de perfumada com azeite e oreg\u00e3os vai a dourar ao forno. Elegemos para come\u00e7ar um Quinta da Murta, um espumante intenso e exuberante, com uma bolha fin\u00edssima e bastante arom\u00e1tico, uma harmonia perfeita com esta entrada!<\/p>\n

\"4\"<\/a>
\nN\u00e3o podiam tamb\u00e9m faltar uns camar\u00f5es com espinafres, receita herdada de uma amiga h\u00e1 uns anos atr\u00e1s na Quinta do Soito, Terras de \u00d3bidos e de jantares bo\u00e9mios. Por isso t\u00e3o produtivos no debate politico\/econ\u00f3mico, filosofias e terapias, os jantares entre amigos s\u00e3o sempre terap\u00eauticos. Aqui entra o Montecapucho, um Arinto e Sauvignon Blanc, um vinho elegante e fresco mas tamb\u00e9m intenso e equilibrado na boca.<\/p>\n

A Enogastronomia \u00e9 a arte de harmonizar um card\u00e1pio com vinhos!
\nA Enograstronomizade, inventei agora e \u00e9 o expoente m\u00e1ximo da primeira, pois s\u00f3 uma mesa cheia de amigos para desfrutar de tal repasto.
\nHoje somos seis \u00e0 mesa. Festejamos sempre a amizade, a m\u00fasica d\u00e1 o mote para as primeiras conversas.
\nO car\u00e1ter de uns \u00e9 a alegria de outros, desafiam-se os mais pragm\u00e1ticos com conversas lun\u00e1ticas, observa\u00e7\u00f5es filos\u00f3ficas, devaneios existenciais e vai mais um copo que o ser\u00e3o promete.
\nPessoalmente gosto muito de cozinhar, mas para receber algu\u00e9m, s\u00f3 para mim nem pensar, \u00e9 quase deprimente comer sozinha \u00e0 mesa.
\nJ\u00e1 em fam\u00edlia, e l\u00e1 em casa \u00e9ramos cinco, as conversas depois de jantar estendiam-se pela noite dentro. Era quando os pais tinham a disponibilidade e o tempo para nos ouvirem, as tr\u00eas filhas. Fal\u00e1vamos da escola, de algum novo colega, das not\u00edcias, do programa para o fim de semana, e sim o meu pai sempre bebeu o seu copo de vinho ao jantar. Conforme fomos entrando em idade aceit\u00e1vel para nos relacionarmos com o \u00e1lcool fomos sendo apresentadas a um ou outro vinho… Uns mais amistosos, numa primeira experi\u00eancia, note-se, outros terrivelmente traum\u00e1ticos…
\nO vinho conta-nos est\u00f3rias; a comida, a mesa, o ser\u00e3o, a partilha, e a troca de afetos realizam momentos inesquec\u00edveis de amizade.<\/p>\n

\"5\"<\/a><\/p>\n

\n

\u201cAcabo de salvar um vinho, estava preso dentro de uma garrafa\u201d<\/strong>
\n \u201cAntes s\u00f3 vinho que mal acompanhado\u201d<\/strong>
\n \u201cTome conselhos com vinho, tome as decis\u00f5es com \u00e1gua\u201d<\/strong>
\n \u201cAdoro cozinhar com vinho, por vezes at\u00e9 o ponho na comida\u201d<\/strong><\/p>\n<\/blockquote>\n

\"6\"<\/a><\/p>\n

\"7\"<\/a><\/p>\n

 <\/p>\n

 <\/p>\n

 <\/p>\n

 <\/p>\n

Uma a\u00e7orda alentejana,<\/em><\/strong>
\nCom um tinto maduro e de cor intensa<\/em><\/strong>
\nPautado de gentes e cantares.<\/em><\/strong>
\nDesperta diversos paladares.<\/em><\/strong><\/p>\n

O vinho liberta a alma<\/em><\/strong>
\nD\u00e1 som \u00e0 fala<\/em><\/strong>
\nLeva para longe tristezas<\/em><\/strong>
\nPois aqui s\u00f3 se fizeram proezas.<\/em><\/strong><\/p>\n

O vinho d\u00e1 notas de m\u00fasica<\/em><\/strong>
\nPassos de dan\u00e7a,<\/em><\/strong>
\nEnamora-se de todos <\/em><\/strong>
\nEnchendo-os de esperan\u00e7a!<\/em><\/strong><\/p>\n

V\u00eam a Joaquina e o Mestre Alfredo<\/em><\/strong>
\nSeguram na rolha com a ponta do dedo,<\/em><\/strong>
\nCheira a madeiras, frutos secos e poejo<\/em><\/strong>
\nS\u00f3 pode ser um vinho do nosso Alentejo.<\/em><\/strong><\/p>\n

 <\/p>\n

 <\/p>\n

\"8\"<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O\u00a0ritual est\u00e1 preparado. Mesa posta, guardanapos de pano preto, toalha adamascada preta, talheres em assimetria, copos de tamanho consider\u00e1vel, leves e de vidro fino para enaltecer o vinho. Os pratos vieram das \u201cRotas da Cer\u00e2mica\u201d, mais propriamente de Caldas da Rainha, da t\u00e3o conhecida Bordalo Pinheiro. Um entrecosto no forno \u00e0 alentejana,com um arroz de …<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":8588,"comment_status":"closed","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[130,4],"tags":[353,301],"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_featured_media_url":"https:\/\/revistamar.com\/wp-content\/uploads\/2016\/11\/1-4.jpg","_links":{"self":[{"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/8580"}],"collection":[{"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=8580"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/8580\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/media\/8588"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=8580"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=8580"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/revistamar.com\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=8580"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}