Festas de Lisboa
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Festas de Lisboa

Largo do CarmoCréditos © Manuela Marujo
Largo do Carmo
Créditos © Manuela Marujo

 

Junho é um mês propício para visitar Lisboa. Que o digam os milhares de turistas de todas as idades, que encontramos em qualquer canto da cidade.

Deslumbrados com a cor violeta dos jacarandás em flor, em praças, avenidas e parques, com a música tocada pelos artistas de rua, com o cheirinho a pão quente e pastéis de nata das dezenas de pastelarias – quem se pode admirar com a atração que o mês de junho causa?

Não me sinto turista e noto, cada vez mais, sempre que venho a Portugal, as diferentes línguas que ouço na rua e nos transportes, as pessoas que aqui trabalham e falam português com sotaque, e a pouca gente portuguesa nas zonas históricas – Lisboa tornou-se uma cidade multirracial, multicultural e multilingue, como já o tinha sido há tantos séculos.

Lisboa, em junho, tem um pretexto ótimo para estar em festa. É o mês de Santo António, o patrono da capital do nosso país. A cidade deu o pontapé de saída para as festividades oferecendo um concerto ao ar livre, na sala de visitas que é a Praça do Comércio com músicos de qualidade extraordinária, e assinalou dessa forma que, a partir de dia 1 de junho, muito mais se pode esperar. O programa das Festas é tentador e só se precisa de muita energia para dele se poder beneficiar.

No Salão Nobre da Câmara Municipal de Lisboa, no dia 12 de junho pela manhã, a cerimónia dos casamentos de Santo António, tradição muito acarinhada pelo povo de Lisboa desde 1958, irá comover e infalivelmente marejar de lágrimas os olhos dos românticos. Mas será na Avenida da Liberdade, nessa mesma noite, que as marchas populares alegrarão todos os que as virem desfilar. É uma festa linda – os habitantes dos bairros populares competem em fantasias, letras e músicas – com arcos e balões. Os milhares de participantes das marchas, de todas as idades, desfilam, em competição para o prémio que o júri tem sempre dificuldade em atribuir dada a quantidade e qualidade dos grupos.

 

Áurea e António Zambujo Créditos © Manuela MarujoFeira do Livro no Parque Eduardo VII Créditos © Manuela MarujoTrono de Santo António Créditos © Manuela MarujoPeça do Museu de Santo António Créditos © Manuela MarujoMuseu de Santo António Créditos © Manuela MarujoJacandarás em flor Créditos © Manuela MarujoPeça de Museu Santo AntonioRossio

 

O mês de junho é o mês dos três santos populares, e em todo o Portugal há festas que lhes são dedicadas. Lisboa organiza vários arraiais que enchem as pracinhas, os becos e escadarias com música, cheiro de manjericos, sardinha assada e amantes de um bom copo de vinho. Há fado pelas vielas e pessoas alegres e barulhentas a circular por todo o lado. O programa para cada arraial é todos os anos diferente, com cantores convidados e outras atrações. Este ano “Santos in the Night”, no Bairro de Santos e Arraial dos Navegantes, na zona de Belém, são apenas dois exemplos da muita animação que a cidade oferece.

Pessoalmente atrai-me a tradição popular dos “Tronos de Santo António” que saem à rua e se podem admirar nas montras, nas janelas e portas de casas, escadinhas, ruas e pracetas. A imaginação das pessoas é surpreendente. Nunca deixo de ir ao Museu de Santo António, com exposições temporárias interessantes, e à pequena igreja do patrono cheia de devotos, junto da Sé catedral.

Junho é para os amantes de literatura como eu, o mês da Feira do Livro, no Parque Eduardo VII. Este ano, pela nonagésima terceira vez, um conjunto vasto de editoras, autores e leitores congregam-se no Parque. Caminha-se devagar naquelas ruazinhas cheias de tendas onde se destacam capas coloridas, que não resistimos folhear, conhecer novos escritores, ou adquirir alguns títulos há muito aguardados.

O espírito é de festa em Lisboa, no mês de junho. Este ano com milhares de turistas por todo o lado, partilhar a beleza do nosso país e da nossa cultura tornará Portugal e os portugueses mais conhecidos e amados por todo o mundo.

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