Portuguese Canadian Walk of Fame
70 Anos CanadáPCWOF

Portuguese Canadian Walk of Fame

PCWOF-Ceremony-02

 

“O Portuguese Canadian Walk of Fame nunca vai ter fim, porque vai haver sempre pessoas que se vão distinguir na comunidade. E é só desta forma que que comunidades se desenvolvem. Quando deixar de haver pessoas que realmente façam a diferença a vida pára e morre, porque não vai haver aquele desenvolvimento que é muito importante para as nossas vidas, que é o desenvolvimento cultural e filantrópico. E por isso eu acho que vamos ter sempre muita gente na nossa comunidade que deve ser distinguida. Não necessariamente de gente que fale português perfeito. Podem ser pessoas lusodescendentes que só falam em inglês e isso é muito aceitável. Por isso eu tenho fé que isto vai continuar por muitos anos. A seleção parte muito da vontade da pessoa. A pessoa é que faz por merecer essa distinção. E depois nós reconhecemos o que eles têm feito e as contribuições que fazem e continuam a fazer para a sociedade. E é isso que nós precisamos, simplesmente reconhecer aqueles que trabalham. E o que faz falta fazer? É haver quem proponha candidatos da na nossa comunidade, que alguém veja que fazem uma contribuição importante, quer para a comunidade, quer para a sociedade canadiana. Porque se nós formos a ver, não vamos ser nós próprios que nos vamos nomear. Tem que haver alguém que reconheça o nosso trabalho e que que diga bom, esta pessoa está a fazer uma diferença na comunidade. Vamos reconhecer, vamos aplaudi-lo. E isto é uma forma muito singela, muito simples de o fazer. Na celebração dos 70 anos, o projeto Magellan não foi esquecido, mas sim integrado nestas comemorações, uma vez que os proveitos do PCWOF e do concerto de Mariza reverterão para a construção desse projeto estruturante. Projetos que são grandes, como o Magellan, têm sempre obstáculos. E nós, nos últimos quatro anos temos tido alguns. Hoje temos um. E não é o dinheiro, é um vizinho e estamos a lidar com esse vizinho. Mas esperamos que se vá resolver isso, que é muito importante para garantir que o projeto não tem interrupção e começamos a construção no dia certo. Espero que seja em agosto, mas é como eu digo, há sempre algo que que pode atrasar isto. Mas para mim é inquestionável, o Magellan vai acontecer. A coisa que mais me dá responsabilidade é saber que muita gente contribuiu com o seu dinheiro e com o seu esforço para que isto seja concretizado. E eu não só não me quero desiludir a mim próprio, mas também não quero desiludir essas pessoas, porque, ao fim e ao cabo, são eles que estão a ajudar a fazer isto. E nós temos que respeitar todos aqueles que acham que devem contribuir e têm contribuído. E para mim, isso é o mais importante. Além claramente da construção e da conclusão do projeto, as pessoas que fazem o projeto, que estão a fazer o projeto acontecer, são muito importantes para mim.”

Manuel DaCosta

 

EMA DANTAS - PCWOF

EMA DANTAS

Ema Dantas já assumiu várias funções, é oradora, intérprete e jornalista. Uma empresária e filantropa premiada que tem sido uma fonte de inspiração e esperança, a prova de que se podem transformar desafios em oportunidades que podem mudar o mundo.

Enquanto crescia, viu a sua mãe lutar contra problemas de saúde mental e testemunhou a falta de apoio que existia nessa área da saúde, por isso, mais tarde, criou o Peaks for Change Foundation. Uma organização que tem como objetivo educar e apoiar a saúde mental. Para criar uma onda de consciencialização sabia que teria de criar uma campanha com impacto. Por isso, esqueceu medos e propôs-se a superar quaisquer limitações, uma montanha de cada vez. No seu caso, foi mesmo isso, abraçou o desafio de ser a primeira mulher portuguesa a subir os sete cumes, incluindo o Mount Everest, a montanha mais alta e mais perigosa do mundo. E missão cumprida! A partilha da sua jornada, das suas conquistas, das suas derrotas e principalmente, a forma autêntica como as partilha tem sido uma inspiração para a comunidade luso-canadiana.

Eu estou sem palavras, às vezes falo muito, mas hoje estou sem palavras. Como filha de imigrantes, obviamente, torna-se muito importante o dia de hoje. Também é o dia 13 de maio, é um dia que tem tanto significado… o que eu posso dizer é muito obrigada. Se eu tiver conseguido inspirar alguém, ou dar coragem a alguém, então tudo o que vivi, nestes últimos cinco anos, valeu a pena. Tudo o que fiz se calhar foi precisamente porque sou portuguesa e filha de imigrantes, porque se pensarmos bem sair do nosso país e ir para um lugar estranho leva coragem. Se calhar foi por isso que eu consegui, por ser portuguesa. Ema Dantas

 

 

JACK OLIVEIRA

Jack Oliveira já conta com mais de 39 anos de experiência na indústria da construção e 38 como membro da LiUNA! Local 183. Com um início de vida humilde e com a sabedoria que só tem quem arregaça as mangas e não tem medo de sujar as mãos para ter um trabalho bem feito, viu a sua ética profissional ser valorizada e surgiram várias oportunidades de avançar na carreira. As suas capacidades de liderança inata levaram-no a dirigir equipas como Foreman e pouco depois entrou para os quadros de um dos maiores sindicatos do Norte da América.

De setembro de 2007 a junho de 2011, Jack Oliveira foi eleito como Local 183 Executive Board Member. Nesse ano, foi eleito Business Manager. Além disso, é ainda representante internacional da LiUNA. O seu esforço e dedicação não passou despercebido e ao longos dos anos, tem vindo a receber várias premiações do Governo português com a medalha de mérito pela sua dedicação à comunidade portuguesa, foi também exaltado pelo PCCM com o Community Spirit Award pelo seu trabalho árduo, visão e liderança e muitos outros. Com uma liderança forte, Jack Oliveira viu o maior crescimento num curto período da LiUNA Local 183, assim como a melhoria dos benefícios dos membros e reformados do sindicato, que hoje já conta com mais de 70,000 membros.

Sinto-me feliz, mas não, este não é um reconhecimento só do meu trabalho, mas de uma equipa muito grande da LiUNA. Somos nós todos juntos que fazemos isto acontecer e este é, por isso, um dia importante não só para mim, mas para a LiUNA, para os nossos sócios, os nossos pensionistas e para a comunidade. É por isso que acho que devemos continuar a trabalhar todos unidos, para que tudo possa melhorar para todos. Mas o que eu acho importante é a gente nunca se esquecer dos primeiros portugueses que chegaram aqui, porque foram eles que abriram as “ruas” onde caminhamos hoje. Jack Oliveira

 

 

JOSÉ CARLOS TEIXEIRA

O Dr. José Carlos Teixeira é professor de Geografia na Universidade de British Columbia no Canadá. Desde cedo quis compreender a deslocação geográfica das comunidades e o impacto na cultura. Nos seus estudos de doutoramento na Universidade de York, escolheu como tema da sua dissertação “O Papel das Fontes Étnicas de Informação na Decisão de Deslocalização – O processo de tomada de decisão”: Um estudo de caso dos portugueses em Mississauga. Especialista em geografias de migração, povoamento e urbanização no Canadá. Ao longo dos anos, tem estado empenhado em colocar as questões contemporâneas no centro do seu ensino, incluindo a imigração na geografia urbana e social das cidades canadianas.

Com mais de uma centena de publicações quer seja na publicação de livros, nos seus contributos em capítulos de livros, artigos e documentos de pesquisa. O seu contributo, para o ensino em geral e para as comunidades étnicas em particular, tem sido evidenciado nos vários prémios que tem recebido ao longo dos anos. Alguns deles foram, o Ethnic Geography Distinguished Scholar Award, o Prémio de Excelência em Investigação, o Prémio de Excelência Profissional do FPCBC, a medalha de mérito profissional pelo Governo dos Açores e a nomeação como Comendador pela Ordem de Portugal.

Hoje é um dia muito especial, não para mim, mas para todos aqueles homens e mulheres, os pioneiros que puseram de pé estas grandes comunidades de costa a costa. Eu fui apenas um, entre muitos outros, que ao longo dos anos se interessaram em estudar a história de todas essas famílias que cá chegaram. E com 70 anos não somos uma comunidade velha, mas já atingimos uma certa maturidade. Este é um dia único. Fui escolhido com mais três conterrâneos, podiam ter sido mais 10, 15 ou 20… quantas pessoas nós temos que mereciam estar aqui hoje entre nós? Eu acho que sou privilegiado. Sabe eu tive um avô que se chamava José da Estrela, nasci na cidade da Ribeira Grande, cuja padroeira é a Nossa Sra. da Estrela e hoje venho buscar aqui uma estrela que vou levar bem aqui no meu coração para a província de British Columbia”. José Carlos Teixeira

 

 

ANTÓNIO DE SOUSA

7 de junho de 1957 – 26 de maio de 2021

António de Sousa nasceu a 7 de junho de 1957, na Lourinhã em Portugal, o mais novo de três filhos. Em 1970 a sua família mudou-se para Toronto, no Canadá. Dois anos depois, aos 15 anos, começou a trabalhar na padaria do seu irmão “Sousa’s Bakery” onde conheceu a sua futura companheira de vida, Luísa. No ano de 1987, os dois criaram o seu próprio negócio – Early Morning Star Gardening and Landscaping. Sem esquecer as suas raízes, mantiveram as tradições portuguesas e, em 1996, Tony De Sousa tornou-se membro do Clube Português de Mississauga e no mesmo ano juntou-se ao conselho administrativo. Enquanto o clube procurava uma nova localização, Tony e Luísa foram parte do comité de angariação de fundos e produção de eventos, trabalhando arduamente para que o sonho se tornasse realidade. Em 2015 foi nomeado presidente do PCCM, função que desempenhou até falecer em 2021.

Tony De Sousa foi impulsionador de muitas conquistas feitas pelo Clube para a nossa comunidade. Em setembro de 2019, Tony criou o primeiro “Arraial” com atuação de artistas locais da comunidade. Sempre foi um grande apoiante da juventude e do seu grupo de folclore. A devoção para com a comunidade e promoção da nossa cultura ficaram marcados como uma das suas missões de vida. Em 2018, foi presenteado com o Civic Award da cidade de Mississauga e, no ano seguinte, recebeu o Community Heritage Award.

Estamos orgulhosos por o meu pai ter sido selecionado. Estamos muito contentes pelo trabalho dele para a comunidade e para o Centro Cultural Português de Mississauga esteja a ser reconhecido. Por isso sentimos muito orgulho aqui hoje a assistir a esta homenagem ao meu pai. O meu pai e a minha mãe fizeram parte da vida deles aqui, eu própria, apesar de viver em Mississauga passei aqui muito da minha infância, por isso estamos muitos contentes por saber que ele vai estar aqui para sempre, homenageado pela comunidade. António de Sousa

 

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